O número de imigrantes sem documentos que vive nos Estados Unidos caiu em 1 milhão desde 2010 e atingiu 10,6 milhões de pessoas em 2017, conforme um estudo divulgado nesta quinta-feira (28) pelo Centro de Estudos Migratórios. As informações são da Agência EFE.
Com números próprios e estatísticas do Departamento de Segurança Nacional (DHS), o departamento afirma que o crescimento da população sem documento alcançou o seu ponto máximo em 2000, para depois diminuir rapidamente durante a década.
No ano de 2000, a população irregular era de 8,6 milhões – quando em 1990 era de 3,5 milhões -, e o seu crescimento chegou a 12 milhões em 2008, ano no qual começou uma paulatina queda até os 10,6 milhões estimados em 2017.
De acordo com o relatório, a quantidade de entradas irregulares caiu a níveis históricos nos últimos anos e somente um terço delas aconteceu através da fronteira sul. Com isso, o estudo nega a existência de uma emergência nacional na fronteira com o México, como afirma o presidente Donald Trump como argumento para financiar a construção do um muro.
No entanto, dois terços dos imigrantes irregulares contabilizados entre 2010 e 2016 correspondem a pessoas que entraram no país através dos aeroportos, com visto, e que ficaram depois do vencimento do prazo. O aumento desta categoria se deve ao fluxo de gente que veio da Índia e da Venezuela.
Os números do estudo indicam que o crescimento da população irregular nos Estados Unidos diminuiu porque a chegada de pessoas sem documentos caiu de 1,4 milhão em 2000 para 550 mil em 2007 e se mantêm nesse nível desde então. Ao mesmo tempo, a quantidade de imigrantes irregulares que deixa o país passou de 370 mil em 2000 para 770 mil em 2016.
Sobre detenções realizadas pela Patrulha de Fronteira, o relatório afirma que elas caíram de 1,6 milhão em 2000 a para cerca de 300 mil em 2017.