O Board of Registration in Medicine de Massachusetts (BORIM) emitiu uma ação disciplinar contra o médico Sanjeev Sharma, da clínica Destination Beauty MedSpa, em Framingham (MA), devido à morte de Adriana Paula da Silva Toledo, de 39 anos em 2011. A brasileira faleceu após ser submetida a um implante de próteses de silicone nos seios. O caso ainda se arrasta na Justiça. As informações são do jornal Brazilian Times.
Adriana passou pela cirurgia em um dia, no outro passou mal, caiu no banheiro, foi levada para o hospital e morreu.
Na quarta-feira (12), o Conselho emitiu um relatório destacando vários aspectos da cirurgia que resultou na morte de Silva. Entre eles está a quantidade exagerada de remédios dados a paciente. Conforme especialistas, o excesso de medicamentos pode ter sido o responsável pela queda dela, causando embolia pulmonar, problemas cardíacos e ferimentos no crânio.
O relatório também ressalta que, devido à complexidade da cirurgia, ela deveria ter sido feita em um hospital e acompanhada por um anestesista. Além disso, a brasileira não foi perguntada se fazia uso de anticoncepcionais, o que colocou em risco a vida da paciente. Ela tinha o histórico de um cisto no peito, Sanjeev sabia disso, mas a operou assim mesmo e não monitorou o coração dela, o que poderia ter evitado a embolia pulmonar. No total, o Conselho responsabilizou o médico por 40 tipos de complicações.
Adriana era filha do Pastor Aparecido Alfredo da Silva e Maria das Graças, residentes em Framingham (MA). Ela nasceu em São Paulo, mas cresceu em Ipatinga (MG), e deixou três filhas.
Apesar da punição, Sanjeev conseguiu fazer um acordo e não perdeu a licença para exercer a profissão. Atualmente, ele pode trabalhar, mas corre o risco de perder a licença a qualquer momento, caso ocorra outro caso de negligência.
A família de Adriana acionou judicialmente Sanjeev Sharma e o caso ainda tramita no tribunal em Massachusetts.