Foi na base da sorte, do suor e da competência, mas valeu. O Atlético Paranaense, que está mudando seu nome para Athletico, faturou na quarta-feira (12) o primeiro título internacional de sua história ao derrotar nos pênaltis o Junior de Barranquilla, da Colômbia, que ironicamente também buscava seu primeiro título em uma competição internacional.
A equipe paranaense entrou decidida a fazer o resultado no primeiro tempo. E obteve seu gol com Pablo aproveitando um passe sob medida de Raphael Veiga. Mesmo com vantagem no marcador, o Rubro-Negro do Paraná continuou a pressionar o time visitante, mas foi para o intervalo apenas com a vantagem de um gol.
No início da segunda etapa, o panorama se manteve e aos dois minutos quase que Pablo amplia o placar. Entretanto, o técnico Tiago Nunes optou pelos contra-ataques e começou a chamar o adversário para seu campo. O empate surgiu após a cobrança de escanteio com duas cabeçadas de jogadores colombianos: o zagueiro Gomez e o atacante Teo Gutierrez que completou para as redes sem chance de defesa para o goleiro Santos. A partir daí, tudo mudou a equipe do Junior tomou conta do jogo e perdeu três ótimas oportunidades de pular à frente no marcador. Perto do final do jogo, porém, surgiu a chance de ouro. O goleiro Santos cometeu pênalti no atacante Gonzalez e o árbitro não hesitou em apontar a marca da cal. Barrera foi o incumbido da cobrança. Para felicidade geral da torcida que lotou a Arena da Baixada, o meia mandou a bola sobre o travessão de Santos e o jogo terminou empatado em tempo normal.
Veio, então, a prorrogação. Jogadores das duas equipes estavam exaustos e os treinadores foram fazendo as alterações. Todo ataque titular (Marcelo Cirino, Pablo e Nikão) foi substituído por Rony, Bergson e Marcinho. Antes, Wellinton havia substituído o experiente Lucho Gonzalez, capitão da equipe. Julio Comesaña também trocou seus jogadores, retirando de campo Barrera que havia perdido o pênalti. Aliás, no jogo de ida em Barranquilla, o zagueiro Gomez desperdiçou o pênalti ao chutar para fora, ou seja, nos dois jogos, o time colombiano errou duas cobranças em tempo normal. As deficiências nas cobranças de pênaltis foram determinantes também na decisão, com dois atletas do Junior errando suas cobranças enquanto Renan Lodi perdeu a dele. O experiente zagueiro Thiago Heleno foi o autor da cobrança de pênalti que garantiu o título ao Clube Atlético Paranaense.
Trabalho de longo prazo
O G1 fez um importante balanço. O Atlético-PR chega ao título da Copa Sul-Americana não só como um time que “encaixou” e foi até uma final, mas como um projeto de um clube que vem se fortalecendo ano a ano e colhe seu primeiro resultado palpável.
Com uma estrutura invejável de treinamento e um estádio único em todo o país, o Atlético-PR também passou a se aprimorar na preparação de seu elenco, testando suas jovens promessas no Estadual e deixando o time principal treinar para os campeonatos nacionais e continentais.
O projeto se mostrou viável e vencedor quando as duas pontas se encontraram. O Furacão decolou apenas no segundo semestre com a chegada de Tiago Nunes – campeão paranaense com os aspirantes – e a promoção de garotos que o treinador conhecia bem. Essa mescla deu ao time um futebol ágil, inteligente e seguro.
Mudança de patamar
Hoje, CAP já pode ser enquadrado entre os “grandes” clubes do futebol brasileiro. Esta conquista, por exemplo, garantiu uma vaga para a disputa da Pré-Libertadores de 2019, elevando para oito o número de clubes brasileiros confirmados na principal competição continental. Os brasileiros confirmados para a Copa Libertadores da América do próximo ano são: Palmeiras (campeã brasileiro), Flamengo (vice), Internacional (3º), Grêmio (4º) e Cruzeiro (campeão da Copa do Brasil e 8º no Brasileirão), além de São Paulo (5º), Atlético Mineiro (6º) e Atlético Paranaense (campeão da Copa Sul-Americana e 7º no Brasileirão).
Com isto, quem se deu bem foi a Chapecoense, 14ª classificada. Como o Brasil envia seis representantes à Copa Sul-Americana, os seis definidos para 2019 são, pela ordem: Botafogo (9º), Santos (10º), Bahia (11º), Fluminense (12º), Corinthians (13º) e Chapecoense (14º).
Dois anos, um título
David Beckham tem bons motivos para estar animado com seu Miami Inter. Afinal, o Atlanta United, caçula da MLS (Major League Soccer) com apenas dois anos de existência, é o novo campeão americano de soccer. A conquista veio no sábado (8) com a vitória do time da casa por 2-0 sobre o Portland Timbers no Mercedes-Benz Stadium lotado, com 73.019 torcedores comemorando.
Este foi também o ultimo jogo de Tata Martino como técnico do Atlanta United. Ele já havia revelado que estava deixando o clube, mas sai de cabeça erguida. O Five Stripes entrou no jogo final como favorito e mostrou que era mesmo o dono do espetáculo ao anotar um gol em cada etapa – Josef Martinez e Franco Escobar.
A vitória significa que o Atlanta sediará a Copa dos Campeões em Agosto do próximo contra o campeão da Liga MX. Também coloca o New York Red Bulls dentro da Liga dos Campeões da Concacaf em 20219 como a equipe com segundo melhor recorde agregado em 2017 e 2018, atrás apenas do Atlanta, o novo campeão da Copa MLS.
O grande destaque da equipe campeã foi o venezuelano Josef Martinez, artilheiro do Campeonato e eleito o melhor jogador da MLS em 2018. Mais do que tudo, porém, ele está feliz por ter obtido o título de campeão da liga norte-americana de soccer e não aceita ser o herói da conquista: “todos neste time contribuíram com algo e fizeram sacrifícios. Esta é uma vitória que quero celebrar porque foi um longo ano.”
Ele não se arrependeu de ter trocado a Serie A, onde atuava pelo Tornio, pela MLS e fechou o ano com 19 gols marcados em apenas 17 partidas. A má notícia para os torcedores do time da Georgia é a saída de Tata Martino. Mas a boa notícia para os fãs do Atlanta United é que Josef Martinez vai continuar infernizando as defesas adversárias.