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França vive onda de protestos e clima é de tensão

Governo francês desistiu de aumentar o preço dos combustíveis, motivo que deu origem aos protestos, mas não adiantou

Onda de protestos na França (Foto: Gerard Julien/AFP)
Onda de protestos na França (Foto: Gerard Julien/AFP)

DA REDAÇÃO – A França vive uma onda de protestos que está preocupando as autoridades. O Executivo francês tenta conter a ira dos “coletes amarelos”, dizendo temer uma “enorme violência” durante o novo ato que deve acontecer no sábado (8) em Paris. As informações são da AFP.

Uma nova manifestação dos “coletes amarelos”, anunciada para sábado, levanta temores de uma “enorme violência”, declarou o palácio presidencial na quarta (5) à noite, pouco depois de o governo desistir “pelo ano de 2019” dos aumentos de impostos sobre os combustíveis. Esta reivindicação está na origem do movimento, que protesta contra a queda do poder aquisitivo dos franceses.

Na quinta-feira (6), o primeiro-ministro, Édouard Philippe, deu prosseguimento no Senado aos debates iniciados na quarta para defender as medidas tomadas. Além do cancelamento do imposto sobre o carbono, trata-se de um congelamento dos preços do gás e da eletricidade neste inverno e da renúncia de endurecer o controle técnico automotivo antes do verão.

Esses anúncios foram considerados insuficientes pelos “coletes amarelos”, com o chefe de Governo reconhecendo que a “raiva permanecia elusiva e incontrolável”.

Na quarta, Edouard Philippe pareceu aceitar uma nova concessão aos “coletes amarelos”, julgando “necessário” um debate sobre a reforma do Imposto sobre a Renda (ISF), um imposto que atingia os mais ricos. Os “coletes amarelos” reivindicam o restabelecimento da cobrança.

Mas, no final do dia, o presidente Emmanuel Macron pôs fim ao debate, excluindo o retorno do imposto. Macron pediu solenemente aos partidos políticos, sindicatos e empregadores que “façam um apelo claro e explícito à calma”.

“O que está em jogo é a segurança dos franceses e das nossas instituições. Todos os atores do debate público – políticos, líderes sindicais, editorialistas e cidadãos – serão responsáveis por suas declarações nos próximos dias”, disse Édouard Philippe aos deputados.

Um bônus excepcional de fim de ano, pago pelas empresas para seus funcionários, também faz parte do plano, segundo o ministro das Finanças, Bruno Le Maire.

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