A rede americana de lojas Sears Holdings, que perdeu o primeiro lugar no setor varejista para Wal-Mart primeiro e depois para Amazon, declarou nesta segunda-feira (15), falência, que inclui o fechamento de 142 lojas e a renúncia de seu CEO, Edward S. Lampert.
No momento da suspensão dos pagamentos, a companhia contava com 89.000 empregados nos EUA em comparação aos 246.000 de cinco anos atrás. Na documentação registrada, Sears Holdings calcula que seus ativos estejam avaliados em 6,9 bilhões de dólares em relação ao passivo de 11,3 bilhões de dólares.
As ações da Sears Holdings fecharam a semana passada em 0,410 dólares enquanto no verão de 2007 superavam 130 dólares.
Como parte de seu plano de reestruturação, a rede anunciou a demissão imediata de seu CEO, Edward S. Lampert, que continuará sendo presidente do conselho de administração.
Nesse sentido, o conselho da Sears Holding criou um comitê de gestão que será responsável para administrar as operações diárias da empresa durante o processo de transição, que será composto por Robert A. Riecker, diretor financeiro da companhia; Leena Munjal, diretora digital e de integração do comércio varejista, e Gregory Ladley, presidente dos setores de têxtil e calçados.
Sears Holding pretende reorganizar-se em torno de uma plataforma mais enxuta que agrupará as lojas que ficaram, enquanto procederá o fechamento de outros 142 estabelecimentos não rentáveis, além dos 46 anunciados previamente, no próximo mês de novembro.
Além disso, a companhia mantém negociações com ESL, firma dirigida por Edward S. Lampert, que é seu maior acionista e credor, sobre uma liberação de crédito de 300 milhões de dólares para melhorar a posição financeira da empresa e dar suporte às suas operações durante o processo de reestruturação.
Apesar de sua entrada na proteção contra credores, a multinacional indicou que as lojas da Sears e Kmart, assim como suas respectivas plataformas móveis, continuam abertas e oferecendo seus produtos e serviços aos clientes.