O brasileiro Thiago Gomes Jardim, de 19 anos, foi mais um turista mandado de volta para o Brasil depois de ter a entrada barrada no aeroporto de Boston, Massachusetts. Há 15 dias, três turistas brasileiros relataram momentos de terror e humilhação ao serem detidos e mandados de volta para o Brasil no mesmo aeroporto.
O jornal Brazilian Times conversou com Mary G. Sequeto, mãe de Thiago, que vive nos Estados Unidos e estava indignada com o que aconteceu com o seu filho. “Desculpe o desabafo, mas precisa contar a minha história, pois eu tenho contribuído muito para este País e ver meu filho sendo tratado como marginal é revoltante”, afirma a brasileira, que foi policial no Brasil. “Nunca imaginei meu filho ser algemado e colocado dentro de uma viatura sem ter feito nada errado”, continuou.
O BV teve acesso ao áudio da conversa entre ela e o jovem de apenas 19 anos de idade. “Fui preso, me algemaram, pegaram minhas coisas e só devolveram quando eu cheguei em São Paulo”, disse Thiago.
Ele confirmou que assim como aconteceu com os outros dois brasileiros, ele também passou pela mesma situação. “Cheguei na imigração, me levaram para uma sala e depois para outra, onde tinha apenas uma mesinha, fizeram várias perguntas, me revistaram e me levaram para o presidio”, fala ressaltando que ao chegar no centro de detenção foi revistado novamente.
Thiago relata que recebeu uma carteirinha como identificação de detento e foi obrigado a usar uniformes de presidiário. “Passei por exames médicos e fui colocado em uma cela”, afirma. “Me acordaram as cinco horas da manhã do dia seguinte e serviram um café horrível e voltei para a cela”, continua.
De acordo com os relatos de Thiago, às 7h ele foi novamente retirado da cela e recebeu a informação de que estava livre. “Vesti as minhas roupas, me algemaram e só tiraram as algemas quando estava na porta do avião”, se revolta.
Mary informou ao BT que abriu um processo e vai buscar os seus direitos, pois seu filho não incorreu em nenhum erro. “Inclusive eu estou com um processo para legalizá-lo. Se ele não podia entrar, era só enviá-lo de volta e não fazer ele passar por todo este transtorno que com certeza vai causar traumas”, afirma.