Sob muita comoção de suas filhas e do marido, a mexicana Alejandra Suarez, de 39 anos, embarcou do Orlando International Airport na manhã desta sexta-feira (3).
Alejandra morava em Davenport, Flórida, não tem ficha criminal, mas tinha uma ordem de deportação em aberto por ter entrado ilegalmente nos EUA em 1998 pela fronteira. Ela é casada com um ex-soldado, que também é veterano da guerra do Iraque e duas filhas com idades de oito e 16 anos. Em 2013, ela foi parada pela polícia e desde então fazia check-ins anuais na Imigração, até que recebeu uma ordem final para deixar o País.
A filha mais velha vai ficar com o pai nos EUA e a mais nova foi para o México com a mãe. “Meu coração está partido”, disse Alejandra à CNN. “Minha mãe é uma boa pessoa, não é uma criminosa”, disse Pamela, de 16 anos, que nasceu nos EUA.
“A Alejandra merece ficar neste país que ela tem chamado de lar por mais de 20 anos, o país que o marido dela serviu tão patrioticamente como marinheiro e patrulheiro da Guarda Nacional da Flórida; o único país que as duas filhas americanas natas deles conhecem”, disse o Deputado Federal Darren Soto (D-FL).
Soto, cujo distrito eleitoral inclui a residência de Juarez, apresentou o “Patriot Spouses Act” e outro projeto de lei que beneficia Alejandra Juarez e a permitiriam ficar nos EUA. Ambas as propostas receberam apoio bipartidário, disse o deputado, mas elas ainda não seguiram para votação pelo comitê. Esta deve ser uma das razões porque o ICE está seguindo em frente com o processo de deportação, disseram os advogados de defesa dela.
“Nós estamos profundamente desapontados com a decisão do ICE de negar a Alejandra a suspensão da remoção”, disse Soto através de um comunicado. “Nós continuaremos a lutar contra as políticas migratórias cruéis da administração Trump de separar famílias”.
Em 2001, Alejandra entrou com processo para se legalizar por meio do casamento, mas foi negado.
ICE responde
Em comunicado, o U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE) disse que Alejandra já havia sido removida dos EUA e reentrou ilegalmente, o que é considerado um crime federal. O ICE prendeu Alejandra em agosto de 2013 e desde então o processo corre na Justiça. Ela foi solta e fazia check-ins na Imigração até o ano passado. Agora foi mandada de volta para o México.