DA REDAÇÃO – A China pediu na quarta-feira (11) aos membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) que se unam solidariamente e “resistam” às práticas protecionistas dos EUA, depois que o governo americano elevou o tom na disputa comercial, ameaçando com novas tarifas de 10% sobre $200 bilhões em produtos chineses na terça-feira (10).
A alíquota de 10% entraria em vigor em pelo menos dois meses e inclui uma série de bens, entre eles soja, aço, alumínio, produtos químicos e alimentícios.
A China afirma que vai responder mais uma vez contra as medidas tarifárias de Washington, inclusive por “medidas qualitativas”. Empresas norte-americanas na China temem que essa ameaça possa significar inspeções mais duras ou atrasos em aprovações de investimentos ou mesmo boicotes ao consumidor.
Na sexta-feira (6), a China apresentou uma ação contra os EUA na Organização Mundial do Comércio (OMC) pela imposição de taxas de importação, informou seu Ministério do Comércio.
O Ministério das Relações Exteriores descreveu as ameaças do governo americano como “intimidação típica” e disse que a China precisa contra-atacar para proteger seus interesses.
“Essa é uma luta entre unilateralismo e multilateralismo, protecionismo e livre comércio, poder e regras”, afirmou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying.
As autoridades dos EUA divulgaram a lista de milhares de importações chinesas que o governo norte-americano quer atingir com as novas tarifas. A medida provocou críticas de alguns grupos industriais dos EUA.
Os $200 bilhões superam de longe o valor total de bens que a China importa dos EUA, o que significa que a China pode precisar pensar em maneiras criativas de responder a tais medidas dos EUA. O montante corresponde a 40% das vendas chinesas anuais para os EUA.