DA REDAÇÃO – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reduziu as chances de uma solução rápida para o acordo de desnuclearização com a Coreia do Norte. A afirmação foi feita na quinta-feira (31), a bordo do avião presidencial Air Force One, após representantes dos dois países debaterem por dois dias sobre o assunto em New York.
Em breve entrevista à Reuters enquanto viajava ao Texas para eventos de arrecadação de fundos para o Partido Republicano, o presidente dos EUA afirmou que ainda espera realizar o encontro com o líder norte-coreano Kim Jong-un em 12 de junho, em Singapura.
Kim Yong-chol, alto funcionário norte-coreano, participou das reuniões com Mike Pompeo, chefe da diplomacia americana e deve visitar o presidente americano na sexta-feira (1º), na Casa Branca, A autoridade da Coreia do Norte está levando uma carta de Kim Jong-un para o presidente dos EUA.
Na quarta-feira (30), Kim Yong-chol se encontrou em New York com Mike Pompeo para preparar a cúpula entre os dois países, que estava prevista para acontecer em 12 de junho, em Singapura.
Na semana passada, o presidente americano anunciou o cancelamento do encontro alegando que o governo norte-coreano tinha demonstrado “enorme raiva e hostilidade aberta” em suas últimas declarações públicas, embora não tenha rompido o diálogo.
O general Kim Yong-chol é vice-presidente do comitê central do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte e, entre 2009 e 2013, esteve à frente do serviço de espionagem do país. É o representante de mais alto nível da Coreia do Norte a pisar em solo americano nos últimos 18 anos, desde a visita do vice-marechal Joe Myong Rok, que se reuniu em 2000 com Bill Clinton, segundo a France Presse.
O secretário-geral adjunto da Casa Branca, Joe Hagin, se encontra em Singapura visando os preparativos logísticos da cúpula. Um fotógrafo da AFP viu Kim Chang Son, um assessor muito próximo de Kim Jong-Un, na cidade-estado da Ásia.
Washington exige de Pyongyang uma “desnuclearização completa, verificável e irreversível” antes de qualquer suspensão das pesadas sanções internacionais que afetam a Coreia do Norte em represália por seus programas nuclear e balístico. Mas Pyongyang nunca aceitou pagar esse preço, considerando seu arsenal uma garantia da sobrevivência do regime.