O Banco Central do Brasil teve de intervir no mercado de câmbio para tentar suavizar os efeitos da alta da moeda. Na véspera, o dólar atingiu a maior cotação em quase dois anos.
Na tarde de quinta-feira (3), a moeda cedia 0,10%, a R$ 3,5458. Na mínima do dia até o momento, o dólar chegou a cair a R$ 3,5213 logo após a abertura dos negócios, mas virou e chegou a bater 3,5667 na máxima da sessão.
Na vespéra, o dólar fechou com alta de 1,33%, a R$ 3,5492 na venda – maior cotação desde 2 de junho de 2016, quando o dólar estava cotado a R$ 3,5859.
Na noite de quarta-feira, o Banco Central informou que atuaria no câmbio pelo quarto mês consecutivo, com a oferta de contratos de swap cambial, que equivalem à venda futura de dólares. É a primeira vez no ano, porém, que o BC irá oferecer ao mercado um número superior ao de contratos que vencem em junho.
Em junho, vencem 113 mil contratos que totalizam $5,65 bilhões em swaps cambiais tradicionais, parte do estoque total de $23,8 bilhões, informou o BC.
“O BC mostrou desconforto com o nível da moeda, mas trata-se de um alívio pontual”, afirmou à Reuters o operador da Advanced Corretora, Alessandro Faganello.