Enquanto Washington aprova uma reforma fiscal que favorece a parcela mais rica da população, o salário mínimo permanece há quase uma década estagnado. O último aumento foi em 2009, quando subiu de $6.55 para a $7.25 a hora. Agora, cansados de esperar pelo Congresso, 18 estados resolveram tomar iniciativa própria e aumentar os seus respectivos salários mínimos a partir de 1 de janeiro de 2018. O instituto de pesquisa Economic Policy Institute (EPI) avalia que o aumento beneficiará cerca de 4.5 milhões de trabalhadores.
“O aumento é crucial para estancar a desigualdade social, perticularmente para mulheres e afro-americanos, que formam a maioria dos que recebem o salário mínimo”, disse em nota uma analista do EPI.
O principal argumento contra o aumento do salário mínimo é de que isso teria um impacto negativo ao causar demissões. Outro argumento é de que o aumento refletiria no consumo, já que alguns espregadores podem repassar o custo para o preço dos produtos ou serviços a fim de arcar com o aumento no custo de pessoal.
O maior aumento no salário mínimo será no Maine, onde passará de $9 para $10 por hora em 2018, com subsequentes aumentos em 2019 e 2020, quando chegará a $12. Colorado, Havaí, New York, Vermont, Rhode Island, Arizona, Califórnoa, Washington e Michigan são os demais estados onde o salário mínimo aumentará no próximo ano. O aumento médio é de $0.50 por hora trabalhada. Enquanto isso, New Jersey, Ohio, Flórida, Alaska, Montana, South Dakota, Minnesota e Missouri terão um aumento menor: $0.15 por hora trabalhada, em média.
Várias empresas já têm adotado por conta própria o salário mínimo para seus trabalhadores. Wells Fargo e Fifth Third Bancorp, por exemplo, pagarão um mínimo de $15 por hora para seus empregados a partir de 2018.