O Senado informou que o futuro dos ‘dreamers’ – beneficiários do Deferred Action for Childhood Arrivals, que concede benefícios imigratórios a filhos de imigrantes que chegaram aos EUA ainda crianças com os pais indocumentados – só será discutido em janeiro.
Apesar da pressão dos jovens, que têm feito protestos e até mesmo greve de fome, o assunto não entrará em pauta em dezembro. A informação foi passada a repórteres pelo senador republicano John Cornyn na segunda-feira (18).
“O presidente nos deu tempo suficiente para lidar com o assunto até o mês de março e eu acredito que temos tempo de sobra para discutir sobre o Daca. Vamos entrar nesta pauta em janeiro, com certeza”, disse o senador.
O programa beneficia 800 mil jovens e foi suspenso pelo presidente Trump em setembro. Apesar da suspensão, nenhum beneficiário do programa vai ser afetado antes de 5 de março de 2018, o que dá ao Congresso – a única instituição com poder para modificar o sistema migratório – um prazo de seis meses para tentar preservar as garantias do programa.
O programa foi aprovado por Obama por meio de um decreto em 2012, como uma solução emergencial depois que o Congresso não aprovou uma reforma imigratória.
De acordo com as organizações Centro para o Progresso Americano e FWD, cerca de 1.400 pessoas vão perder, diariamente, autorização legal para trabalhar nos EUA, na medida em que as autoridades migratórias pararem de processar novas solicitações.
Segundo dados divulgados pela emissora americana CNN, cerca de 300 mil pessoas podem cair na ilegalidade em 2018, caso o Congresso não atue para preservar as garantias do programa, e mais de 320 mil pessoas podem se tornar ilegais entre janeiro e agosto de 2019. (Com informações da Reuters)