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Espanha pede a prisão do presidente catalão destituído

Ele é acusado de rebelião e outros crimes por tentar separar a região da Catalunha

Carles Puigdemont foi destituído do cargo
Carles Puigdemont foi destituído do cargo

DA REDAÇÃO – Promotores espanhóis pediram, na quinta-feira (2), pediu nesta quinta-feira que a Justiça ordene a busca, captura e detenção europeia do presidente catalão destituído, Carles Puigdemont, e dos seus quatro conselheiros que o acompanham na Bélgica. As cinco autoridades não responderam à intimação para comparecer a um tribunal, uma vez que são acusados pelos crimes de sedição e rebelião pela sua participação na tentativa independentista catalã, que podem resultar em pena de até 30 anos de prisão. Além disso, os procuradores pediram que os outros nove conselheiros catalães destituídos sejam presos, e apenas um com possibilidade de soltura por fiança. As informações são do jornal O Globo.

Segundo o “El País”, o pedido da procuradoria é que oito dos nove ex-membros do governo catalão destituídos presentes no tribunal sejam presos sem possibilidade de fiança. A exceção é o ex-conselheiro de Economia Santi Vila, que teria que pagar 50 mil euros pela sua soltura. Ele pediu demissão no dia anterior à declaração unilateral de independência pelo Parlamento catalão, promovida por várias forças políticas, incluindo o seu Partido Democrata Europeu Catalão (PDeCAT). A decisão sobre o destino dos líderes está agora nas mãos da juíza Carmen Lamela, de acordo com o jornal espanhol.

Dos 14 membros esperados no tribunal, os quatro que não compareceram, além de Puigdemont, foram: Clara Ponsati, Antoni Comín, Lluis Puig e Meritxell Serret. Estiveram presentes para depor, no entanto, figuras de peso no antigo governo catalão, como o vice-presidente Oriol Junqueras e o ex-chanceler Raúl Romeva.

Não muito longe dali, no mesmo dia, chegaram seis membros do Parlamento catalão intimados a depor na Suprema Corte, acompanhados pela presidente da Casa, Carme Forcadell. No entanto, a sessão foi suspensa por uma semana, a pedido dos advogados de defesa dos acusados.

Todos os 20 políticos são investigados por rebelião, sedição e má gestão de fundos pela sua participação ativa no movimento secessionista catalão e na proclamação de independência unilateral deste mês. Estes são considerados delitos muito graves, que podem resultar em até 30 anos de prisão. O governo espanhol do presidente Mariano Rajoy não aceitou a separação e conseguiu sufocar as tentativas independentistas.

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