O caso da mexicana Rosa Maria Hernandez, de apenas 10 anos, que foi detida a caminho do hospital em Corpus Christi, no Texas, no dia 24 de outubro, chocou os movimentos a favor de imigrantes. Os agentes do U.S. Customs and Border Protection (CBP) estava realizando uma blitz, quando Rosa estava sendo levada por parentes ao hospital para fazer uma cirurgia na vesícula.
Depois de ser liberada do hospital, ela foi levada para um centro de menores e está com processo deportação em aberto. Os movimentos pró-imigrantes pedem, por meio de uma petição on-line, que a criança seja libertada e que tenha o processo de deportação suspenso.
A garota foi trazida para os EUA ilegalmente para viver em Laredo, no Texas, quando tinha apenas três meses de vida, estava sendo transferida quando patrulheiros pararam a ambulância que a levava, segundo relatou sua família.
Os agentes permitiram que ela continuasse para o Hospital Discoll Children, mas seguiram a ambulância até lá, onde esperaram do lado de fora do quarto da menina até ela receber alta do hospital.
Na noite de quarta-feira, 25, de acordo com membros da família e advogados envolvidos no caso, agentes da imigração a levaram para uma instalação em San Antonio onde crianças imigrantes que chegam aos EUA sozinhas de países da América Central são mantidas. Ela foi mantida presa mesmo com seus pais estando em situação legal.
O primo de Rosa Maria, Aurora Cantu, um cidadão americano que estava com ela na ambulância e a acompanhou até o hospital junto com a mãe da menina e outras pessoas, explicou que os agentes de imigração, primeiro, tentaram persuadir a família a concordar com uma transferência da garota para um hospital mexicano, pressionando a todos a assinar um formulário de “partida voluntária” para a menina. Eles se recusaram a fazê-lo. Todo o tempo em que Rosa Maria estava em cirurgia e na sua recuperação, vários agentes de fronteira se posicionaram no lado de fora do quarto dela no hospital, segundo sua família.
Sua mãe, Felipa de la Cruz, de 39 anos, disse em uma entrevista que sua família se mudou para Texas de Nuevo Laredo, a cidade do México do outro lado da fronteira, bem próxima da Laredo americana, quando Rosamaria era ainda um bebê, com a esperança de obter um tratamento melhor para ela contra a paralisia cerebral.