O Pasco County Sheriff’s Office anunciou um acordo de parceria com o U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE), que dá poderes aos policiais de checar o status imigratório de pessoas presas e de suspeitos de algum crime. O condado está localizado na área de Tampa Bay, na Flórida.
A decisão é extremamente desfavorável à população imigrante e traz à tona o debate sobre dar poder a policiais comuns de atuarem como agentes federais. O sheriff Chris Nocco afirma que a parceria vai servir para resolver um antigo dilema sobre detentos, vai tornar o condado mais seguro e vai facilitar o processo de deportação de indocumentados.
“No momento em que prenderem uma pessoa porque ela estava dirigindo sem uma licença é que vai ser a resposta para o que queremos saber. Qual é o crime? Como você vai decidir quem é a imigração e quem deve sair?”, questiona Nocco.
Por meio da parceria denominada 287-g, o ICE treina e certifica policiais do condado a entrevistarem pessoas presas sobre o status imigratório, ensina como checar o nome da pessoa no sistema nacional de imigração e o ICE é acionado para levar o imigrante preso.
Ativistas protestam
A ativista e moradora do condado, Margarita Romo, disse que ficou tão chateada com a notícia que exasperou seus problemas cardíacos e foi levada a um hospital. “Mesmo que eles digam que não há racismo no condado de Pasco, isso é mentira. Existe sim. Estou aqui há quase 40 anos. Eu vi isso e eu senti isso”, continuou.
Ela está preocupada que isso levará a uma onda de racismo por parte dos oficiais, e o que pode acontecer com as famílias que vivem na região há anos. “Estou preocupado com o que vai acontecer com as crianças do DACA, se seus pais são indocumentados. Ainda não sabemos o que vai acontecer”, disse.
Pasco County é a primeira agência na área de Tampa Bay a fazer este acordo. As cidades que formam o condado são: Dade City, New Port Richey, Port Richey, San Antonio, Zephyrhills e St. Leo.