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Trump condiciona revisão do DACA a apoio a políticas mais duras de imigração

Em documento apresentado a congressistas na noite de domingo (8), Trump disse que só vai reconsiderar o DACA se suas demandas forem atendidas, como a construção do muro na fronteira

O presidente Donald Trump apresentou no domingo (8) um plano de prioridades em políticas imigratórias como moeda de troca para que os ‘dreamers’ (trazidos ilegalmente para os Estados Unidos ainda crianças e beneficiados pelo DACA) não sejam deportados. Em uma “lista de princípios” apresentados em documentos divulgados pela Casa Branca para fazer parte de qualquer acordo de imigração no Congresso, o governo também pressionou por maior repressão contra menores não acompanhados que entram hoje nos Estados Unidos, muitos deles vindos da América Central. O plano, que foi entregue aos líderes do Legislativo na noite de domingo, foi logo condenado pelos Democratas.

O governo Trump quer que as políticas mais repressivas guiem a reforma da imigração no Congresso e acompanhem um projeto de lei para substituir o chamado Daca, o programa do governo Barack Obama que protegeu quase 800 mil jovens da deportação e permitiu que eles obtivessem permissões de trabalho. Trump chegou a dizer que protegeria os jovens, mas depois mudou de ideia e limitou a renovação de seus vistos.

“Essas orientações precisam ser incluídas em qualquer legislação que proteja os jovens beneficiários do Deferred Action for Childhood Arrivals – DACA – . Sem essas mudanças, a imigração ilegal em série vai continuar e isso não é justo com os trabalhadores americanos e com as pessoas que pagam seus impostos”, escreveu o presidente Trump, que acabou com o DACA no dia 5 de setembro.

Se for promulgada, as prioridades da Casa Branca podem resultar na deportação dos pais dos dreamers. As propostas incluem a construção do muro na fronteira com o México, um pedido de fundos para contratar mais 370 juízes de imigração, 1.000 advogados da Agência de Imigração e Alfândega, 300 promotores federais e 10.000 agentes adicionais para impor leis de imigração.

“Essas prioridades são essenciais para mitigar as consequências legais e econômicas de qualquer concessão de status aos destinatários do Daca”, disse o diretor de assuntos legislativos do governo, Marc Short, a jornalistas.

Os documentos exigem padrões mais rígidos para aqueles que procuram o asilo dos EUA, a negação de subvenções federais a cidades-santuário que servem como refúgios para imigrantes ilegais e um requisito de que os empregadores usem um sistema de verificação eletrônica conhecido como “E-Verify” para proibir imigrantes ilegais de garantir empregos.

O Congresso informou que as propostas serão avaliadas com cuidado e não há nenhuma decisão tomada até o momento. (Com informações do O Globo).

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