Zilda Arns (foto), da Pastoral da Criança, é uma das vítimas da tragédia
O terremoto de 7.3 graus na escala Richter que devastou o Haiti na terça-feira tirou a vida de brasileiros também. Uma das vítimas fatais é a catarinense Zilda Arns, de 73 anos, médica pediatra e fundadora da Pastoral da Criança. Há pelo menos outros quatro militares do nosso país na lista de mortos, mas o número pode aumentar, já que o Brasil liderava a missão de paz das Nações Unidas naquele país e mantinha mais de mil homens e mulheres em ação. As autoridades haitianas não divulgaram o balanço oficial sobre o número de óbitos, mas calcula-se que pode passar de 100 mil.
A região mais afetada foi justamente a capital do país, Porto Príncipe, onde até as sedes do governo e da ONU desabaram. Pelo menos três milhões de pessoas foram afetadas pelo sismo e a população, normalmente exposta a situações miseráveis, sofre agora com a falta de luz, água e comunicação. O drama é ainda maior porque outros tremores de terra foram sentidos desde então, levando desespero às famílias que já perderam tudo.
Várias nações já anunciaram ajuda humanitária ao país mais pobre das Américas, que tem mais de 67% de seus moradores vivendo abaixo da linha de pobreza. O presidente americano, Barack Obama, afirmou que os Estados Unidos estão dispostos a “ajudar a população do Haiti”. O Brasil prometeu o envio imediato de dez milhões de dólares, por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Muitas pessoas já estão doando alimentos e roupas, pois o quadro é de calamidade no local da tragédia.
Zilda Arns, que por seu trabalho social, foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz em 2006, estava em Porto Príncipe para dar uma palestra sobre a Pastoral da Criança e o combate à desnutrição. Segundo informações do Exército brasileiro, ela estava caminhando pelo centro da cidade no momento do tremor e foi soterrada por escombros. O terremoto aconteceu no final da tarde de terça-feira, hora local.
Para fazer doação online às vítimas do terremoto no Haiti acesse o site official da Cruz Vermelha clicando aqui.