Centenas de líderes de grandes empresas americanas enviaram uma carta aberta ao presidente Trump, na quinta-feira, rogando que ele preserve o DACA (Deferred Action for Childhood Arrivals) e pedindo ao Congresso que passe o DREAM Act, projeto de lei bipartidário sobre a situação dos jovens imigrantes indocumentados que foram trazidos ainda crianças para os EUA.
O DACA, assinado em 2012 pelo ex-presidente Obama, permite que esses jovens, conhecidos como Dreamers, permaneçam nos EUA e trabalhem e estudem legalmente.
Os líderes, a maioria da área tecnológica, alegam que os Dreamers são essenciais para a economia e importantes para a “vantagem competitiva global” dos EUA.
A carta é assinada por gente como Mark Zuckerberg e Sheryl Sandberg (Facebook) Tim Cook (Apple), Jeff Bezos (Amazon), Sundar Pichai (Google) e Meg Whitman. A lista completa está neste link.
“Como empreendedores e líderes empresariais, estamos preocupados com os novos desdobramentos da política imigratória que ameaçam o futuro dos jovens imigrantes indocumentados que foram trazidos para a América ainda crianças”, diz a carta.
Mais de 800 mil jovens foram beneficiados pela medida, assinada em 2012 pelo ex-presidente Obama e agora sob ameaça de ser revogada por Trump.
Mark Zuckerberg, CEO do Facebook e fundador da FWD.us, uma iniciativa voltada para a reforma do sistema imigratório, escreveu na sua conta pessoal do Facebook que está “ao lado dos Dreamers — os jovens que foram trazidos para o nosso país pelos pais. Muitos vivem aqui por mais tempo do que possam lembrar.”
“Precisamos de um governo que proteja os Dreamers”, escreveu Zuckerberg. “Esses jovens representam o futuro do nosso país e da nossa economia. São nossos amigos e nossa família, estudantes e jovens líderes na nossa comunidade.”
Na quinta-feira, Satya Nadella, CEO da Microsoft, fez um apelo em seu blog pessoal.
“Como compartilhei com a Casa Branca em junho, eu sou resultado de dois atributos unicamente americanos: a capacidade da tecnologia americana de me conquistar enquanto eu crescia, estimulando os meus sonhos, e uma iluminada política imigratória que me permitiu ir atrás desses sonhos”, escreveu. Essa é a América que eu conheço e amo, que eu e minha família chamamos de lar. E essa é América que eu sempre defendi.”