A semana é decisiva para os quase um milhão de imigrantes beneficiados pelo DACA (Deferred Act for Childhood Arrivals), medida assinada pelo ex-presidente Obama em 2012 que autoriza a presença de estrangeiros que foram trazidos ainda crianças pelos pais para os Estados Unidos, protegendo-os da deportação e permitindo que obtenham autorizações de trabalho.
O presidente Trump tem até o dia 5 de setembro para responder a uma petição enviada à Casa Branca por um grupo de procuradores-gerais estaduais Republicanos, exigindo o fim do programa. Segundo fontes, o presidente estaria inclinado a acabar com o benefício, pondo em risco imediato de deportação os cerca de 800 mil jovens beneficiados, os chamados DREAMERS, totalmente integrados à sociedade americana, que passaram a maior parte de suas vidas nos Estados Unidos.
Segundo a rede de TV CNN, o chefe de gabinete da Casa Branca, John Kelly, estaria tentando negociar uma prorrogação do prazo dado para a decisão, a fim de que o governo possa avaliar melhor o que fazer. As fontes da CNN, entretanto, não sabem se Trump ouvirá Kelly num assunto no qual o presidente tem sido fortemente pressionado para agir
Outras fontes asseguram que Trump deve mesmo acabar com o programa, suspendendo renovações e novas inscrições.
Há rumores de que o Congresso já estaria costurando uma alternativa para a medida, caso ela seja cancelada por Trump. Mas os líderes Republicanos da duas casas legislativas terão que decidir entre desagradar a sua base eleitoral conservadora, ao colocar o assunto em pauta, ou deixar que o programa fique definitivamente sem uma altenativa legislativa.
