Brasil

Prefeitura do Rio de Janeiro corta pela metade verbas para Escolas de Samba

Corte gerou protestos da liga das escolas que disse que desfile ficará inviável

Desfile das Escolas de Samba em 2018 está ameaçado
Desfile das Escolas de Samba em 2018 está ameaçado

A Liga das Escolas de Samba (Liesa) do Rio de Janeiro informou que o corte de metade da verba da Prefeitura para o carnaval 2018 vai tornar inviável o desfile do ano que vem. O presidente da Liga, Jorge Castanheira, convocou uma reunião depois do anúncio feito pelo prefeito Marcelo Crivella na segunda-feira (12).

“Diante das dificuldades que as escolas atravessam e das circunstâncias apresentadas pelo prefeito, as escolas chegaram a uma conclusão de que com essa redução de 50% da receita de apoio a preparação e produção do carnaval, fica inviabilizado apresentação das escolas. Nós estamos aguardando o agendamento da audiência do excelentíssimo senhor prefeito, junto com os presidentes das escolas de samba, para que a gente possa achar uma solução que atenda ao carnaval de 2018. Vai ficar muito difícil e se torna impraticável viabilizar o espetáculo nos moldes em que a prefeitura está colocando”, afirmou o presidente da Liesa, Jorge Castanheira.

Crivella falou sobre o corte nos recursos na última segunda-feira. Ele pretende usar o dinheiro para pagar as creches conveniadas com o município.

“São 12 mil crianças que hoje estão em creche conveniadas. O Rio de Janeiro paga per capita R$ 10 para cada criança. É preciso aumentar pelo menos para R$ 20. Agora, façam as contas. Isso tudo exige de nós austeridade e sacrifício. Todos precisam contribuir. A prefeitura está contribuindo. Nós cortamos secretarias, nós cortamos mais de mil cargos políticos. O carnaval precisa contribuir conosco, nos ajudar nesse esforço”, disse Crivella no dia do anúncio.

Em nota, a Liesa disse que recebeu com surpresa a notícia sobre a decisão do prefeito e destacou: “Os enormes benefícios econômicos, financeiros, de geração de empregos e de renda, além da valorização da imagem da cidade do Rio de Janeiro e do Brasil, e também o aumento substancial de arrecadação de impostos e receitas diretas e indiretas proporcionadas durante o período de preparação e realização dos desfiles carnavalescos”.

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