O ex-diretor do FBI James Comey já está prestando depoimento no Senado na manhã desta quinta-feira (7). Comey foi demitido inesperadamente em 9 de maio por Trump. Ele está sendo interrogado pelo Senado em uma audiência pública para determinar se o presidente Trump o pressionou em algum momento, buscando influenciar o rumo da investigação no caso russo.
“Espero que possa encontrar uma forma de deixar isto passar, de deixar Flynn em paz. É um homem de bem”, afirma Comey, citando Trump durante reunião que ambos mantiveram em 14 de fevereiro no Salão Oval da Casa Branca.
Comey revelou nesta quarta-feira (7), em um testemunho por escrito que ele vai apresentar no Senado, que o presidente Donald Trump lhe pediu para deixar em paz o general Michael Flynn, seu ex-assessor de Segurança Nacional, investigado por seus contatos com a Rússia.
Flynn renunciou ao seu cargo no dia 14 de fevereiro após um escândalo gerado por causa de suas conversas com autoridades russas. Em sua carta de renúncia, Flynn admitiu que informou a Casa Branca “inadvertidamente e de forma incompleta” sobre suas ligações com o embaixador russo em Washington.
“O presidente disse, ‘Eu preciso de lealdade, eu espero lealdade’. Eu não me movi, falei ou alterei minha expressão facial durante o silêncio constrangedor que se seguiu”, relata Comey no testemunho que vai ler perante a comissão de Inteligência do Senado.
O ex-diretor do FBI falará também sobre um jantar que teve com Trump em 27 de janeiro, uma semana após o presidente tomar posse. Comey diz que durante o jantar Trump perguntou-lhe se ele queria permanecer como diretor do FBI. Comey afirma que ficou preocupado com a possibilidade de Trump estar tentando criar “algum tipo de relação de proteção”.
Comey tinha por hábito fazer anotações e memorandos de todas as conversas que tinha com Trump.