Países querem formar indústria aeronáutica conjunta
A Semana da Independência em Brasília teve muito mais do que o tradicional desfile na Esplanada dos Ministérios. Na importante data, Brasil e França firmaram um acordo de cooperação militar que fornecerá tecnologia à indústria brasileira e tem como foco o mercado na América Latina. A parceria prevê a compra, por parte do governo brasileiro, de 36 aviões de combate Rafale e 50 helicópteros de fabricação francesa. Já a França vai adquirir dez aviões de transporte militar KC-390, que serão fabricados pela Embraer.
O acordo firmado hoje abre caminho também para que os dois países desenvolvam uma indústria aeronáutica em parceria. “A visita do presidente Sarkozy é mais que uma visita, é a consolidação de uma parceria estratégica entre dois povos que têm muita coisa em comum”, disse Lula, ressaltando que o negócio foi feito para que o Brasil proteja melhor a Amazônia e as reservas de petróleo encontradas na camada pré-sal.
Os acordos assinados também estipulam as bases para a construção de cinco submarinos, um deles de propulsão nuclear, e 50 helicópteros do modelo EC-725, que serão construídos no Brasil. Nesse sentido, o país vai erguer fábricas para este fim e para as eventuais vendas a outros países latino-americanos. Toda essa operação, que será cumprida em várias etapas até 2021, custará ao Brasil mais de 12 bilhões de dólares, dos quais cerca de nove bilhões de dólares serão destinados à compra dos equipamentos militares.