Surgida no Reino Unido, a “Fashion Revolution Week”, tornou-se um movimento internacional sendo celebrada em mais de 90 países.
A indústria da Moda é a segunda indústria mais poluente do mundo, perdendo apenas para a do Petróleo. Ela não só provoca impactos ambientais devastadores como também, por incrível que pareça, nos dias de hoje, ainda mantém trabalhadores em situação análoga a do trabalho escravo.
O maior desastre mundial da indústria têxtil, aconteceu em 24 abril de 2013, quando 1.133 pessoas morreram após o desabamento do complexo de fábricas Rana Plaza em Dhaka, Bangladesh, e mais de 2.500 outras pessoas que trabalhavam neste local, em condições insalubre e de insegurança, produzindo milhares de roupas para as famosas marcas Fast Fashion que costumamos consumir, ficaram gravemente feridas.
Famílias foram destruídas, vidas foram ceifadas enquanto nós, preocupados apenas em ter aquele item desejo e vivendo o nosso consumo desenfreado, nem imaginámos acontecer.
Catástrofes sociais e ambientais continuam acontecendo na indústria da moda, em vários lugares do mundo. Infelizmente, essa é a realidade por trás da indústria que mais cresce nos dias de hoje. O custo da moda é alto, o preço por trás das peças que entram e saem de moda numa velocidade absurda, por consequência do consumo exagerado, é incalculável e injusto, gerando um imenso lucro para as grandes marcas em detrimento das vidas dos trabalhadores e do equilíbrio ecológico do nosso planeta.
É necessário por um basta na exploração dos trabalhadores da indústria têxtil e na poluição ambiental, e nós podemos ser o começo dessa mudança.
“Hoje se compra mais de 80 milhões de roupas novas a cada ano, isso significa 400% a mais do que o montante comprado em 2 décadas atrás. Nosso jeito de comprar roupas mudou muito e tão rápido que poucas pessoas estão realmente parando para compreender a origem deste novo modelo e as consequências desse aumento sem precedentes do consumo.” [Tim Kasser]
Desde 24 de abril de 2014, o Fashion Revolution Day [Dia da Revolução da Moda], surgiu no Reino Unido como um movimento internacional cujo objetivo é aumentar a conscientização sobre o verdadeiro custo da moda e seu impacto, entre outros.
Conheci o movimento, venho lendo e estudando sobre o tema e, desde então, minha maneira de ver a moda e o consumo mudou completamente, gostaria de convidar você a fazer o mesmo.
Primeiro, sugiro que assista ao Documentário The True Cost disponível no NetFlix para que você entenda mais sobre o verdadeiro custo da Moda e sobre quem paga o preço pelas nossas roupas.
Depois de conhecer um pouco sobre a verdade por trás da indústria da moda, tenho certeza de que você também irá apoiar o Fashion Revolution Day e começará a fazer a sua parte nessa mudança.
Para colocar o plano em ação, a pergunta é simples: Quem fez minhas roupas? Para participar e ajudar a divulgar, é só vestir uma peça de roupa do lado avesso, fotografar e compartilhar com as hashtags #whomademyclothes #quemfezminhasroupas
O objetivo é alcançar as marcas e o maior número de pessoas para que possamos encontrar respostas e tornar essa indústria cada vez mais transparente.
Para saber mais, acesse o site do Fashion Revolution Brasil [http://fashionrevolution.org/country/brazil/] e acompanhe as redes sociais para ficar por dentro de tudo.
Entre os dias 24 e 30 de abril de 2017 será celebrada a Fashion Revolution Week em mais de 90 países.
Vamos fazer parte dessa revolução e mostrar que os brasileiros pelo mundo são conscientes. Vamos ser responsáveis pela mudança que queremos ver, ajudando a tornar a Moda uma força para o bem.
Eu apoio o Fashion Revolution e já estou dando os meus primeiros passos nessa jornada. Vamos comigo?