Uma brasileira que mora em Boca Raton está entre as vítimas da Brazilian Wave Tours, uma tradicional agência de viagens de Fort Lauderdale, que atendeu por muitos anos a nossa comunidade. Segundo denúncias, a empresa fechou suas portas e deixou muitos clientes no prejuízo.
No caso desta brasileira, que preferiu não se identificar porque tem ligação de amizade com proprietários e funcionários da agência, o dano foi de 798 dólares, correspondente a uma passagem (round trip) Miami-Salvador para dezembro próximo, que ela havia comprado há três meses. “A agência chegou a me mandar a confirmação da reserva, mas a companhia aérea sequer tinha emitido o tíquete”, disse a baiana, que pagou sua despesa no cartão de crédito e espera reaver seu dinheiro.
Ela só descobriu o desfalque porque o irmão tentou ligar para a Brazilian Wave Tours para adquirir outra passagem e descobriu que o telefone estava desconectado. Quando eles foram à agência, se depararam com um novo business no endereço. “O inquilino do imóvel disse, inclusive, que não quer mais fazer negócio com brasileiro”, revelou.
A brasileira não é a única lesada nessa história. Duas colombianas também adquiriram duas passagens na Brazilian Wave Tours e não conseguiu embarcar para o seu país natal. Para piorar a situação delas, os tíquetes foram pagos em dinheiro vivo, o que certamente inviabilizará a reparação do prejuízo.
Além delas, uma outra agência de turismo tradicional de Fort Lauderdale – a Kekas Travel Agency – acusa a Brazilian Wave Tours de ter aplicado um golpe. Segundo a presidente da Kekas, Maria Angelica Morales, a empresa brasileira deixou uma dívida de 12 mil dólares em passagens emitidas e não honradas. “Já se passaram três semanas e não quero ficar com este prejuízo, não apenas no aspecto econômico, mas também sentimental, por acabei de perder meu marido”, disse a empresária.
Segundo Maria Angelica, a Brazilian Wave Tours já vinha causando problemas no mercado desde 2008. O próximo passo dela será denunciar o caso à polícia e contratar um advogado para processar os proprietários da empresa brasileira. “Até porque eles continuam operando negócios e emitindo passagens aéreas através de outra agência”, denunciou a presidente da Kekas.
A reportagem do AcheiUSA tentou contato com os representantes da Brazilian Wave Tours, mas os telefones estavam desconectados.