Finanças de clubes na Inglaterra, Espanha e Itália estão no vermelho
As recentes contratações no futebol europeu criaram um precedente perigoso em época de crise financeira mundial – e inflacionaram um mercado que nos últimos anos sempre foi um ponto fora da curva. Esta situação está preocupando o secretário-geral da Uefa (a confederação europeia de futebol), David Taylor, que prevê organização e clubes se arruinando na tentativa de igualar os feitos de Manchester City, que está amparado por dinheiro vindo das Arábias, e Real Madrid, do megalomaníaco presidente Florentino Pérez.
O City, por exemplo, já investiu fortunas na contratação de nomes como Carlos Tevez, Roque Santa Cruz e Emmanuel Adebayor. O time espanhol, por sua vez, abriu os cofres para trazer Kaká, Cristiano Ronaldo e Xabi Alonso. “Eu diria que, neste clima financeiro, é surpreendente, um pouco desestabilizador do mercado”, disse Taylor, referindo-se ao dinheiro gasto nas transações. Ele citou como exemplo a decadência do Leeds United, outro time inglês, que foi rebaixado em 2004 sob uma montanha de dívidas. Há o temor que outros clubes sigam o mesmo caminho, até porque as contas de vários deles – na Inglaterra, Espanha e Itália – já estão no vermelho há muito tempo.
