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EUA suspende processamento rápido de vistos H-1B

A partir do dia 3 de abril, não haverá mais a opção de pagar mais para ter resposta do visto em 15 dias

O U.S. Citizenship and Immigration Services (USCIS) anunciou que, a partir do dia 3 de abril, está suspenso o premium processing para o visto H1B, eliminando a opção de encurtar o tempo de espera pelo visto que permite a estrangeiros altamente qualificados a trabalharem em empresas americanas. No sistema atual, as companhias que apresentam as aplicações para o visto H-1B podem pagar uma tarifa extra para acelerar o processo.

O Processamento Premium custa adicionalmente $1.225 e permite uma resposta do USCIS em até 15 dias ou o dinheiro é devolvido. O tempo de processamento padrão das aplicações do H-1B, aquelas que não são Premium, demora entre três e seis meses. A suspensão entrará em vigor a partir de 3 de abril e poderá durar até seis meses, segundo o USCIS.

O programa de vistos H-1B é a forma principal de profissionais estrangeiros altamente qualificados trabalharem em companhias nos EUA. O USCIS começa a receber os processos no dia 3 de abril.

Vários ramos profissionais, incluindo tecnologia, engenharia, jornalismo, medicina e universidades, competem pelos 85 mil vistos anuais. Os vistos são concedidos como numa loteria e o número de aplicações aumentam a cada ano. Em 2016, a demanda foi três vezes maior que a cota. Empresas de recursos humanos lotam o sistema com candidatos, obtendo vistos para os profissionais estrangeiros e então os indicando às empresas de tecnologia. Essas companhias cobram uma parte considerável do salário. Apesar de o programa ser usado para preencher a falta no mercado de mão-de-obra, Trump tem denunciado o abuso do programa.

Um projeto de lei bipartidário apresentado nessa semana ao Congresso pede a reforma do sistema. A proposta eliminaria o sistema de loteria a favor de um “sistema de preferência” criado pelo USCIS para dar prioridade aos estudantes estrangeiros educados nos EUA. Ao fazer isso, ele visa afastar as firmas de recursos humanos estrangeiras, que são acusadas de explorar o sistema.

A mudança também exigiria que as empresas americanas atuem de “boa fé” ao recrutar trabalhadores ao invés de estrangeiros, assim como concede aos departamentos de Segurança Nacional e Trabalho mais autoridade para investigar fraude e abuso.

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