As famílias dos 12 brasileiros desaparecidos desde o dia 6 de novembro nas Bahamas estão sem qualquer tipo de notícia. Pais, mães e filhos dessas pessoas vivem a agonia de não saber se vão encontrá-los vivos. As informações são do G1.
Por meio de nota, o Itamaraty informou que não há novas informações sobre o paradeiro do grupo. E disse ainda que “a embaixada do Brasil em Nassau e o Consulado-Geral em Miami seguem empenhados em localizar os brasileiros, por meio de estreita cooperação com as autoridades bahamenses e norte-americanas.”
O caso também vem sendo acompanhado pela Polícia Federal, que em 13 de janeiro lançou a Operação Piratas do Caribe, com mandados de prisão para os coiotes que podem estar envolvidos no caso. Mas até agora nada.
Mãe de um dos desaparecidos, a aposentada Maria Cárita dos Reis, de 59 anos, se emocionou ao lembrar que está há três meses sem notícia do filho.
Lucirlei Carita dos Reis, 35 anos, entrou em contato pela última vez com a mãe no dia 5 de novembro. Depois disso, não deu mais notícias. No dia 25 de novembro, parentes dele foram até a sede da Polícia Federal em Araguaína registrar boletim de ocorrência. O caso foi registrado na difusão amarela, lista de pessoas desaparecidas enviada para 27 países, pelo delegado Allan Reis.
Ela disse também não tem ideia do que pode ter acontecido, mas acredita que o filho esteja preso, “em um lugar muito difícil de ser encontrado”, disse. A esperança da mãe é de algum dia receber uma ligação com boas notícias. “Minha esperança é que ele ligue, diga que está vivo e informe onde ele está, porque daríamos um jeito de trazê-lo de volta”.
Entenda o caso
Desde 6 de novembro, um grupo de 19 imigrantes (entre brasileiros, dominicanos e cubanos) é considerado desaparecido depois de tentativa de travessia ilegal das Bahamas para os Estados Unidos. O Itamaraty recebeu a primeira consulta dos parentes brasileiros no dia 15 de novembro. Desde então, o governo brasileiro, em parceria com autoridades migratórias e marítimas dos Estados Unidos e das Bahamas, segue nas investigações do que pode ter ocorrido com os desaparecidos.
Um relato anônimo aponta que o grupo foi dividido em dois barcos e teria seguido por uma rota mais longa, alternativa à previamente planejada, para driblar a vigilância marítima, que teria sido acionada por denúncia. Mas, até o momento, não há informação oficial de registro de detenção de nenhum dos integrantes da lista do grupo desaparecido, nem vestígio do trajeto feito pela embarcação.