Estados Unidos Geral

Trump chama de ‘ridículas’ as denúncias da CIA sobre interferência russa nas eleições

Mas grupo de parlamentares liderado pelos senadores Republicanos John McCain e Lindsey Graham exige a apuração dos fatos

DA REDAÇÃO, COM AP – A equipe de transição de Donald Trump desconsiderou no sábado (8) a revelação, feita pelos serviços de inteligência americanos, de que a Rússia tentou favorecer o Republicano nas eleições de novembro, diz uma reportagem da Associated Press.

A CIA concluiu com “elevada confiança” que Moscou não apenas interferiu na eleição, mas que as ações tinham o objetivo de favorecer Trump, informou uma alta autoridade à AP. A conclusão é em parte baseada em evidências de que agentes russos hackearam tanto Republicanos quanto Democratas, mas só repassaram informações que poderiam prejudicar a adversária de Trump, Hillary Clinton.

A AP disse que o funcionário não estava autorizado para discutir o assunto em público e falou em anonimato.

A desconsideração de uma conclusão da CIA gera dúvidas sobre como Trump vai tratar as informações passadas pelas agências de informação quando for presidente. A postura coloca os Republicanos na desconfortável posição de ter de escolher entre o presidente eleito e a comunidade de informações.

Em nota divulgada da sexta-feira (9), a equipe de transição de Trump disse que a acusação à Rússia vinha das “mesmas pessoas que disseram que Saddam Hussein tinha armas de destruição em massa”. No sábado, o porta-voz Sean Spicer disse à CNN que há “pessoas nessas agências que estão aborrecidas com o resultado da eleição”.

Os senadores Republicanos John McCain e Lindsey Graham já declararam que planejam o prosseguimento das investigações sobre a interferência russa nas eleições.

Moscou ainda não se manifestou oficialmente sobre o assunto. Mas Oleh Morozov, membro do comitê de relações exteriores na câmara alta do parlamento russo, qualificou a denúncia como “bobagem e paranoia”, segundo a agência de notícias RIA Novosti. Morozovi descrveu as denúncias como uma tentativa de forçar o próximo governo a continuar no curso anti-russo de Obama.

O presidente Barack Obama ordenou uma completa investigação sobre os cyber-ataques da campanha e resultados antes do fim de sua presidência, em janeiro.

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