Estudo mostra, porém, que esta é a principal forma de proteger população mundial
A criação de uma vacina contra qualquer pandemia de gripe, incluindo a suína, demoraria seis meses para demonstrar efetividade, revelou um estudo publicado esta semana numa revista especializada. O estudo foi divulgado em um momento em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou a fase de alerta pandêmico por gripe suína, o que significa que o vírus A/H1N1 pode ser facilmente transmitido de pessoa a pessoa.
Até a declaração do surto de gripe suína, a gripe aviária H5N1 representava o maior perigo, já que, em meados desta década, a doença se propagou por todo o mundo e causou centenas de mortes. Iain Stephenson, consultor para doenças infecciosas da Universidade de Leicester, explicou que o estudo é a primeira pesquisa que busca uma vacina antes da explosão de uma pandemia. “Isto significa que poderíamos vacinar as pessoas muitos anos antes de uma pandemia com o objetivo de gerar células que durem muito tempo e que possam ser reforçadas rapidamente com uma só dose de vacina quando for necessário”, acrescentou.
O cientista não fez referência ao surto de gripe suína, mas destacou que, atualmente, “infelizmente, se ocorrer uma pandemia, serão necessários pelo menos seis meses para desenvolver uma vacina efetiva”. Pelo fato é que “as primeiras ondas de uma pandemia possivelmente terão passado antes de as pessoas começarem a ser inoculadas”, ressaltou.
Stephenson ressaltou que, no caso de uma nova pandemia, que nesta ocasião seria a de gripe suína, “a vacinação seria a forma principal de proteger a população”. Para reduzir o tempo de espera, ele explicou que deveria ser considerada a imunização das pessoas com uma vacina preparada de forma antecipada. No entanto, o problema está em que geralmente se desconhece qual será o próximo tipo de pandemia.