Estados Unidos Geral

Diretor da autoridade eleitoral de Michigan vê com ceticismo alegações de hackeamento nas eleições

Cientista da Universidade de Michigan afirmou que há distorções na contagem de votos de urnas eletrônicas, mas Bureau of Elections diz que o estado não usa urnas eletrônicas

A direção do Bureau of Elections do estado de Michigan viu com ceticismo as alegações de um especialista em segurança digital da Universidade de Michigan, que faz parte de um grupo que questiona os resultados das eleições, em Michigan e em outros dois estados, por causa de um suposto hackeamento externo.

O especialista, J. Alex Halderman, diretor do Center for Computer Security and Society da U.M., recomendou à campanha de Hillary Clinton que pedisse uma recontagem dos votos nos estados de Michigan, Wisconsin e Pennsylvania, de acordo com reportagens da CNN e de outras fontes.

O relatório diz que os cientistas acreditam ter identificando uma tendência suspeita na perfomance de Hillary em condados de Wisconsin que usaram urnas eletrônicas na votação, comparada à perfomance em condados que usaram papel e scanners. Não ficou claro no relatório por que Michigan e Pennsylvania foram citados pelos cientistas.

Chris Thomas, diretor do Michigan’s Bureau of Elections, disse ao jornal Detroit Free Press que Michigan não usa o tipo de urna eletrônica citado no relatório como sendo a razão do suposto hackeamento.

“Usamos papel e scanners no estado inteiro”, disse o diretor. “Não há nada conectado à internet.”

Halderman, que também consta como professor de engenharia eletrônica e ciências da computação no College of Engineering da U.M., não respondeu às mensagens deixadas no seu celular, segundo a Free Press. Mas em um blog postou que o relatório divulgado pela mídia continha algumas inexatidões, embora ele ache que uma recontagem das cédulas de votação em Michigan, Wisconsin e Pennsylvania seja uma boa ideia, e que a discutiu com a campanha de Hillary.

Segundo a reportagem da CNN, baseada em outra da New York Magazine, o cientista contactou John Podesta, chefe da campanha de Hillary, e Marc Elias, conselheiro, informando que a Democrata teve 7% a menos de votos em condados de Wisconsin que usaram urnas eletrônicas, e que isso poderia sugerir hackeamento. Embora ele não tenha encontrado evidência alguma, o padrão recomendaria uma auditoria independente.

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