Antonio Tozzi Esportes

Copa Libertadores da América, sabor Brasil

Agora é oficial. O Brasil passa a ter sete clubes na Copa Libertadores da América a partir de 2017. Com a confirmação no domingo (2) de que estão disponíveis seis vagas via Campeonato Brasileiro e uma na Copa do Brasil, já temos um recorde. Podem ter até oito equipes se algum brasileiro faturar a Copa Sul-Americana. O Brasil havia classificado no máximo seis times para o torneio. Foi assim nas edições de 2014, 2013. 2012, 2011, 2007 e 2006. Para se ter uma ideia, o máximo na Liga dos Campeões foram cinco bilhetes para o mesmo país. A Espanha emplacou Barcelona, Real Madrid, Atlético de Madri, Sevilla e Valencia na temporada de 2015/2016. O aumento de vagas não somente para o Brasil, mas para Argentina, Chile e Colômbia, que ganharam mais uma vaga cada, pode ser um prenúncio de que o México vai abandonar o torneio. Os clubes de lá ficaram chateados com a mudança do calendário da competição para o período de fevereiro a novembro e prometem pular fora. O motivo é compreensível: a Champions League da Concacaf é disputada de agosto a abril, ou seja, haverá choque de datas, principalmente, com a fase de mata-mata da Libertadores. A questão, a partir de agora, é como a CBF vai reorganizar o calendário de 2017. Como a Libertadores passa a ser disputada em 42 semanas, torneios estaduais, regionais (principalmente a Primeira Liga) e até a Copa do Brasil podem ser afetadas.

Já há 14 classificados

Por enquanto, a Libertadores do ano que vem tem 14 classificados. Lanús, San Lorenzo, Estudiantes e Godoy Cruz são donos de quatro das seis vagas da Argentina. Sport Boys, Jorge Wiltermann e The Strongest arremataram as três da Bolívia. Universidade Católica é dona de uma das quatro do Chile. Atlético Nacional e Independiente Medellín são dois dos cinco representantes da Colômbia. O Chivas Guadalajara ficou com um das três do México e o Uruguai tem definidos Peñarol, Nacional e Cerro. No total, serão 44 clubes.

A distribuição de vagas por país

Argentina

6

Bolívia

3

Brasil

7

Chile

4

Colômbia (Atlético Nacional, atual campeão da Libertadores)

4+1

Equador

3

México

3

Paraguai

3

Peru

3

Uruguai

3

Venezuela

3

Quando o Brasil teve seis representantes

2013

6

Corinthians, Fluminense, Palmeiras, Atlético-MG, Grêmio e São Paulo

2012

6

Santos, Corinthians, Vasco, Fluminense, Flamengo e Inter

2011

6

Inter, Santos, Fluminense, Cruzeiro, Corinthians e Grêmio

2007

6

Inter, Flamengo, São Paulo, Grêmio, Santos e Paraná

2006

6

São Paulo, Paulista, Corinthians, Inter, Goiás e Palmeiras

Maracanã pode ser administrado
pelos clubes do Rio

Em sua coluna na UOL, o jornalista Mauro Cesar Pereira, da ESPN, revelou que a Odebrecht quer deixar o Maracanã de vez, e sinaliza que não colocará obstáculos para que o futebol volte ao estádio, tampouco pretende impedir que os clubes assumam a operação em dias de jogos. A prioridade da empresa é largar em definitivo o complexo esportivo (engloba o Maracanãzinho) Até mesmo a definição quanto à eventual indenização de um lado ou de outro ficaria para o futuro. O problema é convencer o governo do Estado a romper logo o contrato. Reuniões com representantes de quem ficou encarregado da administração da “arena”, governo do Rio de Janeiro, Fluminense e Flamengo vêm acontecendo. O consórcio, ou o que dele restou, se considera capaz de fazer o Maracanã funcionar em dias de jogos assim que for liberado pelo Comitê Olímpico e devolvido a ele pelo Estado. Mas a ideia é sequer se ocupar com isso, deixando tudo nas mãos dos clubes.

Novo estudo de viabilidade

Em abril se encerraram as negociações com o governo, que deverá fazer nova licitação e precisará de um novo estudo de viabilidade. a Odebrecht decidiu deixar o acordo há aproximadamente seis meses e agora sua prioridade é rescindir amigavelmente o contrato, pois a empresa está preocupada com a delação premiada ao juiz Sergio Moro, uma vez que está implicada até a medula no Esquema da Lava Jato. Como o Maracanã seguirá até o final de outubro com a Rio 2016, será entregue ao governo, que após vistorias obrigatórias o repassará à concessionaria. O contrato de concessão do Maracanã conta com cláusulas de divergências, a serem avaliadas por uma câmara de arbitragem, em último caso. A empresa espera rescindi-lo o quanto antes e eventuais indenizações de um lado ou de outro seriam definidas após a decisão arbitral, tarefa que caberia, neste caso, à Fundação Getúlio Vargas. Ela diria quem descumpriu o contrato e tem direito à indenização, ou não.

Árbitro de vídeo em 2017

O coronel Marcos Marinho, novo chefe da Comissão de Arbitragem da CBF, afirmou em entrevista à Rádio Estadão que o uso de árbitro de vídeo em partidas oficiais já deve ser implantado no Brasil no ano que vem. O campeonato que receberá a novidade primeiro ainda não está definido.”Esse projeto está sendo desenvolvido pelo Sérgio Correa [ex-chefe da Comissão de Arbitragem], existe um trabalho próximo com o pessoal da Fifa, que também trabalha em outros países. Vamos ver esse encaminhamento, é a intenção da CBF que esse projeto esteja em andamento nas competições já em 2017”, disse Marinho. “Tudo depende dos testes que serão realizados, com aprovação da Fifa, para que possamos implantar em 2017. Não sei em qual competição, pode ser que comecemos na Série B. É uma coisa que está sendo discutida, e logo devemos ter mais informações”, declarou. O árbitro de vídeo, segundo a proposta da CBF e de federações de outros países, ficará em uma cabine do estádio com acesso a replays de todas as jogadas da partida. Se achar que algum lance merece ter sua marcação revista, ele pode avisar o árbitro principal, que sempre tem a palavra final. O árbitro principal também pode pedir o auxílio do árbitro de vídeo a qualquer momento.

A favor da tecnologia

Nada mais lógico a doção do árbitro de vídeo, pois a tecnologia está cada vez mais avançada e fica uma covardia para o trio de arbitragem brigar com mais de 30 câmeras estrategicamente posicionadas. Os mais tradicionalistas acham que a paralisação eventual da partida provocará ira dos torcedores e reclamação de dirigentes, comissão técnica e jogadores que não concordarão com a mudança da decisão. Na verdade, isto já vem ocorrendo, como vimos em algumas partidas nas quais o árbitro voltou atrás em sua marcação, alertado por alguém que falou com ele através do ponto eletrônico. Logicamente, terá de haver uma regra, do tipo cada equipe tem direito a pedir revisão da jogada duas vezes por jogo (uma no primeiro e outra no segundo tempo). A fim de evitar o uso indiscriminado deste recurso e ensejar uma tática para esfriar os ânimos da equipe adversária, deve ser adotado algum tipo de punição – retirada de um jogador da partida por 10 minutos, cobrança de falta sem barreira na meia lua da grande área ou algo do gênero. Aliás, acho que suspensão temporária de jogador com o uso do cartão de cor azul, por exemplo, pode ser outra regra a ser adotada. Isto evitaria a expulsão em lances que não são capitais e não prejudicaria tanto uma das equipes. Além disto, eliminaria a suspensão do atleta expulso na partida seguinte, porque muitas vezes isto acaba beneficiando mais o próximo adversário do que o próprio oponente, como é o caso de um jogador expulso aos 94 minutos. Ou seja, o árbitro apita o final da partida 1 minuto depois e ele está fora do jogo seguinte que pode ser de interesse do outro oponente. Há que se revisar esta punição também.

Definidos grupos da Copa Nordeste 2017

Realizou-se na noite da terça-feira (4) o sorteio para a definição dos grupos da primeira fase da Copa do Nordeste de 2017. São 20 times, divididos em cinco grupos de quatro equipes cada. Os primeiros colocados avançam para a próxima fase, enquanto apenas os três melhores segundos colocados continuam na competição. O atual campeão Santa Cruz, caiu no Grupo A, considerado o “grupo da morte”, que tem também Campinense, vice-campeão de 2016, o rival Náutico e o segundo participante do Ceará, que deve ser o Vozão. Sport, Bahia e Vitória caíram em chaves consideradas mais tranquilas.

Confira os grupos da Copa do Nordeste 2017

Grupo A

Náutico, Campinense, Santa Cruz e o segundo representante do Ceará

Grupo B

Bahia, Fortaleza, Altos-PI e Moto Club

Grupo C

Sport, River-PI, Sampaio Corrêa e Juazeirense

Grupo D

ABC, CRB, CSA e Itabaiana

Grupo E

Vitória, Botafogo-PB, Sergipe e América-RN

Felipe Massa estuda correr por outra categoria

Após Felipe Massa anunciar sua aposentadoria da Fórmula 1 no início de setembro, começaram as especulações sobre qual será o futuro do brasileiro, que tem dado algumas dicas do que espera para os próximos anos. O piloto da Williams já deixou claro que não pretende voltar a viver ou correr no Brasil tão cedo, preferindo categorias como a DTM, WEC ou Fórmula E, e deseja explorar sua imagem em funções fora das pistas. Dentre as opções do piloto para continuar na ativa na próxima temporada, a DTM, categoria de turismo alemã, aparece como o grande foco no momento. Na F-E, os times estão fechados – para um campeonato que começa em em poucas semanas – e poucas mudanças são esperadas nas equipes do Mundial de Endurance. Além disso, Massa teria um trunfo importante na negociação com uma das três montadoras que fazem parte da categoria germânica: a relação de três anos trabalhando com a Mercedes na Fórmula 1.

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