DA REDAÇÃO (com Agência Brasil) Seis passageiros clandestinos de um navio porta-contêineres chamado Rio Negro, de bandeira alemã, foram detidos pela Polícia Federal (PF) brasileira assim que a embarcação atracou no Porto de Suape, em Pernambuco, ontem (4) à tarde. A corporação divulgou a informação na manhã de hoje (5).
Em depoimento, os detidos disseram ser albaneses. A Polícia Federal informou ainda que alguns dos homens já tinham emigrado para Alemanha antes de ir para a França. O grupo escolheu a embarcação com base em consulta feita pela internet e, segundo informaram, não sabiam que o navio passaria pelo Brasil.
Eles embarcaram na cidade de Fos-sur-Mer, próximo a Marselha, na França, no dia 23 de setembro e se esconderam por quatro dias no meio dos contêineres, até que a comida que levaram acabou. Eles contam que foram, então, até a cozinha do navio para buscar alimentos e água, quando foram surpreendidos pela tripulação, no dia 27 de setembro, na travessia da Espanha para o Brasil.
O comandante do navio contou em depoimento na Delegacia de Imigração da PF que informou sobre a presença dos passageiros clandestinos ao responsável pelo navio em terra e que o responsável acionou a Polícia Federal no Brasil.
Os estrangeiros aguardam a repatriação sob escolta de segurança privada em um hotel do Recife pago pela empresa de transporte de carga. Para que sejam deportados ao país de origem ainda é necessário confirmar a nacionalidade dos homens.
De acordo com a Polícia Federal os detidos apresentaram uma certidão com seus nomes, mas a PF não sabe, por enquanto, se a documentação é verdadeira. O consulado da Albânia foi acionado para ajudar a confirmar a nacionalidade dos homens.
Além da das despesas de estadia do grupo no Brasil, a empresa responsável pelo navio também vai arcar com os custos de repatriação dos seis detidos. A embarcação foi liberada ontem mesmo, quando seguiu viagem para o Porto do Rio de Janeiro.
A PF informou que as últimas detenções de clandestinos no país ocorreram em 2010. Um jovem nigeriano, um adolescente liberiano e um jovem camaronês foram encontrados em navios, em datas diferentes naquele ano. Os três homens já foram repatriados.