DA REDAÇÃO – Em menos de um mês, duas adolescentes brasileiras foram presas por estarem desacompanhadas dos pais em aeroportos americanos. O caso mais recente é da roraimense Lilliana Matte, de 17 anos, que foi detida no aeroporto Opa Locka Executive, em Miami, no dia 22 de agosto. Ela estava voltando de uma viagem que fez para as Bahamas com amigos. As autoridades locais informaram oficialmente à família que a detenção ocorreu porque Lilliana é menor e viajava desacompanhada dos pais.
De acordo com a mãe de Liliana, Anaíde Matte, que agora está em Caracas, na Venezuela, se recuperando de uma cirugia, Lilliana foi para as Bahamas com amigos no dia 20 de agosto.
Antes de ser presa, ela voltava para Miami onde iria esperar o retorno da mãe. As duas viajariam juntas de volta para o Brasil no dia 1º de setembro, quando a garota, que foi eleita Miss Brazil Model 2015, passaria o título à vencedora do concurso de 2016.
“Estou com 19 pontos nos meus olhos, mas estou indo para Chicago na segunda-feira [29] e meu filho está indo do Brasil para lá também com uma série de documentos que eles estão exigindo”, disse Anaide.
Segundo a mãe, Lilliana possui documentos para viajar sozinha, desacompanhada dos pais. Ela soube da detenção da filha somente na terça-feira (23).
Anaide contou que a filha ficou de segunda-feira (22) até quarta (24) detida no aeroporto em Miami, quando foi transferida a um centro para menores em Chicago, mesmo local onde está a brasileira Stefane desde o dia 13 de agosto. (com informações do G1).
Stefane voltou para casa
Chegou ao fim na noite de terça-feira (30), o drama da adolescente brasileira Anna Stéfane Radeck que estava presa desde o dia 13 de agosto em um abrigo da imigração em Chicago.
Ao declarar Anna Stéfane livre para embarcar para o Brasil, a Justiça dos Estados Unidos informou que ela pode voltar ao país quando e quantas vezes quiser.
A adolescente foi apreendida no aeroporto de Detroit, onde foi encontrada desacompanhada. Depois de passar 10 horas em uma sala no aeroporto, ela foi transferida para o abrigo em Chicago.
A enfermeira Liliane Carvalho, mãe da adolescente, chegou aos Estados Unidos cinco dias depois da detenção da filha, para tentar liberá-la, mas disse que não foi autorizada a entrar no abrigo, nem foi informada do motivo da detenção. Segundo a enfermeira, Anna Stéfane tinha autorização dos pais para viajar sozinha. Em Chicago, Liliane ficou hospedada na casa de um pastor da Igreja Adventista.
Em conversa com o AcheiUSA na época, Liliane disse: “ela foi parada pela imigração que questionou porque ela estava viajando desacompanhada, mas ela estava com todos os documentos e autorização para viajar sozinha. Eles disseram que ela não tinha autorização para viajar dentro dos EUA desacompanhada. Mas eu já estou aqui para buscá-la e eles não soltam. Minha filha está sendo tratada como uma presidiária, estou desesperada. Só queremos ir embora”, disse Liliane que reafirmou que a família viaja para os EUA todos os anos e que a filha não tinha nenhuma intenção de ficar nos EUA. “Ela não quer morar, estudar, se prostituir, trabalhar, nada disso. Ela não é uma criminosa”, disse a mãe.