DA REDAÇÃO (com Sun Sentinel) – A economia da Flórida deve chegar a um montante gerado anualmente de $1 trilhão. A expectativa é de que Estado atinja a marca já em 2018. Em 2015, o PIB floridiano foi de $893 bilhões, cifra superior ao da Holanda, um dos mais ricos países da Europa.
A previsão de que o PIB da FL chegue à casa do trilhão é do economista da University of South Florida Sean Snaith e foi divulgada pelo jornal “Sun Sentinel” na semana passada. Snaith afirma que a economia do Estado —o quarto mais rico da federação, atrás de Califórnia, Texas e New York— deve crescer a uma taxa de 2,9% ao ano até 2019.
Uma economia desse porte é favorável à abertura de novos setores industriais, movimenta a indústria da construção, gera centenas de milhares de novos empregos e estima maiores gastos pelos consumidores.
O economista, contudo, afirma que para garantir que a Flórida chegue a 2018 no patamar previsto é necessário aguardar possíveis efeitos que a saída do Reino Unido da União Europeia (movimento que ficou conhecido como “Brexit”) possa acarretar na economia dos Estados Unidos.
Snaith acredita que o setor de turismo pode ser um que venha a sentir efeitos negativos da nova ordem econômica europeia, já que agora “tudo fica 10% mais caro para os britânicos”, diz ele, por conta da valorização do dólar sobre a libra esterlina. “É fácil cortar uma vinda à Flórida quando se teme perder o emprego. O grande receio desse episodio é que venha a iniciar o desmoronamento da União Europeia. Isso levaria grande parte do planeta à recessão”, disse o economista. Ele lembra que o setor de turismo do Estado já vem sendo prejudicado pela crise econômica brasileira, com hotéis em Miami tendo faturamento reduzido pela diminuição de turistas brasileiros.
A escalada da economia da Flórida ao PIB de $1 trilhão em 2018 seria seguida por mais uma subida em 2019, chegando a $1,074 trilhão em 2019. Isso tornaria a economia do Estado a 16a maior do mundo, de acordo com dados do Banco Mundial.
Para o economista, o crescimento do PIB do Estado é resultado de uma continua boa performance do mercado imobiliário e da saúde de seu mercado de trabalho, que supera a media observada em âmbito nacional.
