Três tragédias em menos de uma semana se abateram sobre a cidade de Orlando (FL). Na noite de sexta (10) a cantora Christina Grimmie foi assassinada depois de um show no Plaza Live. O assassino cometeu suicídio após o crime. Christina já participou do programa americano “The Voice” (veja matéria na página 22).
Na madrugada de domingo (12), o atirador Omar Mateen entrou na boate gay Pulse e abriu fogo contra mais de cem pessoas, matando 49 e deixando outras 53 feridas. O atirador foi morto pela polícia. O massacre foi o pior da história dos EUA causado por arma de fogo.
Na terça-feira (14), uma família americana estava brincando com as crianças perto de um lago num resort da Disney World. De repente, um jacaré agarrou o menino de dois anos e o arrastou para a água, o pai tentou lutar contra o animal, mas não conseguiu e o menino foi arrastado para dentro do lago (veja matéria na página 7). A polícia não tem esperança de encontra-lo com vida.
O clima na cidade é de apreensão, tristeza e insegurança. A colunista do AcheiUSA, Aline Rezener, mora em Orlando e escreve no jornal sobre as atrações turísticas e dá dicas sobre a cidade que é famosa por seus parques temáticos e é sinônimo de alegria e diversão. “O que vemos agora é um cenário totalmente diverso. As pessoas estão tensas, apreensivas e esperando o desfecho da história da Pulse. Fui tomar café no domingo, soube da história da menina do ‘The Voice’ e, em seguida, do massacre da boate. O atendente me disse: ‘está tudo muito estranho’, e de fato, está”, comentou Aline.
Aline afirma que todas as pessoas que ela tem contato da comunidade brasileira estão preocupadas. “A comunidade brasileira está nervosa também. Estamos preocupados com o que pode acontecer nos parques da Disney e Universal que ainda acho que a segurança é falha. Todos devem passar pelos detectores de metal e terem as bolsas rigorosamente revistadas. Isso tudo é muito sério. A vida segue e espero acordar em breve com boas notícias sobre a cidade que tanto amo”, finaliza a colunista.
Tragédia na boate Pulse
Dezenas de vidas foram interrompidas pela ação do atirador Omar Saddiqui Mateen, na madrugada do domingo (12). Americano com pais afegãos, Omar tinha 29 anos, e chegou à boate às 2 da manhã atirando com seu fuzil AR-15 e uma arma de menor porte.
O agressor morreu durante troca de tiros com a polícia. O Itamaraty afirmou que não há registro de brasileiros entre as vítimas.
A polícia de Orlando informou que foi chamada por volta das 2h e, quando agentes chegaram à boate, houve troca de tiros do lado de fora e o atirador voltou para dentro e fez reféns por algumas horas.
Para entrar na casa noturna, a polícia realizou uma “explosão controlada” com ajuda de uma equipe da Swat. Ao menos um policial ficou ferido no tiroteio com o agressor, mas a ação da polícia salvou ao menos 30 vidas, disse Mina.
Não ficou claro quando as vítimas dentro do clube morreram, se foi antes, durante a tomada de reféns ou no confronto entre o atirador e a polícia.
FOTO: Carlo Allegri/Reuters