Salah Abdeslam, único sobrevivente dos comandos que cometeram os atentados de 13 de novembro em Paris, quando morreram 130 pessoas, foi acusado na quarta-feira (27) pela justiça francesa de assassinato de caráter terrorista, cumplicidade em assassinato de caráter terrorista, posse e uso de explosivos e armas e sequestro pelo ataque na casa de shows Bataclan, informam os jornais locais e a agência de notícias Associated Press.
“Abdeslam foi colocado a disposição das autoridades francesas nesta manhã, em execução à ordem de detenção europeia emitida contra ele pela França em 19 de março de 2016”, afirmou um comunicado da Procuradoria Geral belga.
Segundo seu advogado Frank Berton, Abdeslam será enviado a uma prisão fora de Paris. O advogado disse que Abdeslam afirmou a um juiz que ele explicará seu papel na série de atentados em um outro dia. Ele deve começar a ser interrogado em 20 de maio e até lá permanecerá em prisão preventiva, acrescentou seu advogado.
Mais cedo, o ministro francês da Justiça, Jean-Jacques Urvoas, havia informado que caso a prisão preventiva do acusado fosse confirmada, ele seria levado para a área de isolamento de uma penitenciária da região de Paris.
Abdeslam foi extraditado da Bélgica para a França por via área sob escolta da Unidade de Elite da Polícia Francesa (GIGN), segundo fontes ligadas ao caso. O suspeito de planejar os ataques na capital francesa foi entregue pelas autoridades belgas e se apresentou a um juiz na França.