Histórico

Troca-troca de técnicos se repete no Brasileirão

Apenas oito times no atual campeonato brasileiro ainda mantêm os técnicos do início da jornada. Coincidência ou não, estas equipes ocupam as primeiras colocações do torneio: Grêmio, Palmeiras, Cruzeiro, São Paulo, Vitória, Flamengo, Sport e Coritiba continuam com suas comissões intactas. Mas o mesmo não pode ser dito dos outros 12 clubes da Série A e o Nacional de 2008 está batendo o recorde de trocas de comandos: já foram 23 desde a primeira rodada.

A última degola aconteceu no fim de semana. Após a surra por 5 a 0 para o Sport, no domingo, a diretoria do Figueirense não resistiu e demitiu PC Gusmão. O cargo deverá ser de Mário Sérgio, que há algumas rodadas deixou o Atlético Paranaense. O time de Curitiba, por sinal, é o recordista de troca de treinadores neste Brasileirão. Nada mais do que cinco técnicos. Ney Franco – está dirigindo o Botafogo – iniciou a campanha. Passou o bastão para Roberto Fernandes, que deu lugar a Tico dos Santos, substituído por Mário Sérgio. Agora, é Geninho quem tenta salvar a equipe do rebaixamento.

Dois times já tiveram quatro comandantes: o Náutico, até a última rodada na zona de degola, e o Ipatinga, penúltimo colocado e seriamente ameaçado de cair. Desde a primeira rodada, o time do Vale do Aço esteve entre os piores, numa prova clara de que trocar de comando nem sempre é o melhor caminho.

Um bom exemplo para a teoria vem da Portuguesa. Após levar o time ao acesso na Série A-2 do Paulista e na Série B no ano passado, Vágner Benazzi perdeu o cargo após alguns tropeços. Valdir Espinoza chegou ao Canindé falando grosso, com discurso de buscar vaga na Libertadores e, poucas rodadas depois, também estava desempregado. A bomba caiu nas mãos de Estevam Soares.

Cuca é quem mais dirigiu clubes no campeonato. Começou no Botafogo, mas não resistiu à pressão pela perda do título carioca e a eliminação na semifinal da Copa do Brasil. Chegou ao Santos cheio de pompa, como treinador ousado, adepto do futebol bonito. Foram vários jogos sem triunfo, vaias, atrito com torcida e jogadores (colocou o artilheiro do Brasileiro, Kléber Pereira, no banco de reservas) até a conseqüente queda. Agora, tenta salvar o Fluminense dos últimos lugares na classificação

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