DA REDAÇÃO (com G1) – A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quinta-feira (12), durante visita a Governador Valadares (MG), que o Ibama vai aplicar uma multa de R$ 250 milhões à Samarco Mineradora.
A empresa, que pertence a Vale e à anglo-australiana BHP Billiton, é responsável pelas duas barragens que se romperam há uma semana, causando uma enxurrada de lama que destruiu o distrito mineiro de Bento Rodrigues e avança sobre o Rio Doce, causando prejuízos às cidades por onde passa.
“A multa preliminar é de R$ 250 milhões por dano ambiental e comprometimento da bacia hidrográfica, dano ao patrimônio público e pela interrupção da energia elétrica”, afirmou Dilma durante a coletiva. A presidente disse que os estados atingidos podem também pedir ressarcimento à mineradora.
A empresa é responsável pelas barragens Fundão e Santarém, que se romperam há uma semana, causando uma enxurrada de lama que destruiu o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, em 5 de novembro, e causou danos ambientais irreparáveis na região.
O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais informou que, até o momento, seis mortes foram confirmadas em razão do rompimento das barragens. Dois outros corpos foram encontrados e aguardam identificação. Outras dez pessoas ainda estão desaparecidas.
Abastecimento
Governador Valadares está entre as cidades onde a captação de água precisou ser interrompida por causa da lama que tomou conta do Rio Doce.
O juiz Lupércio Paulo Fernandes de Oliveira, da Comarca de Valadares, determinou que a Samarco forneça 800 mil litros de água por dia para garantir o abastecimento do município durante 72 horas, sob pena de multa diária de R$ 1 milhão.
A presidente Dilma Rousseff desembarcou no aeroporto de Governador Valadares por volta das 13h15 desta quinta-feira (12). Ela chegou a cidade de helicóptero após visitar Mariana, acompanhada do ministro da Educação, Aloísio Mercadante, do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, da Integração, Gilberto Occhi.
Também participaram da visita o prefeito de Mariana, Duarte Júnior, e os governadores de Minas Gerais, Fernando Pimentel, e do Espírito Santo, Paulo Hartung. Eles vieram com o gabiente de crise, formado por representes da Defesa Civil, Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros para amenizar os danos causados.