A GOL Linhas Aéreas anunciou nesta quinta-feira (11) que deixará de operar voos para Miami e Orlando de forma regular a partir de fevereiro. Segundo a companhia, serão oferecidos apenas voos extras, de forma sazonal. Por outro lado, a companhia planeja voar para novos destinos na América Latina, incluindo Havana, além de mais voos diretos de capitais da região Nordeste para Buenos Aires. As informações são do site de viagens “Melhores Destinos”.
As mudanças foram anunciadas pelo presidente da GOL, Paulo Kakinoff, em apresentação a investidores e são uma resposta da companhia ao momento de crise econômica vivido pelo país, sobretudo com a desvalorização do real diante do dólar, além do aumento da concorrência no eixo do Brasil aos Estados Unidos.
“A partir de agora os voos para Miami e Orlando serão operados de forma sazonal. Também estamos fazendo estudos de viabilidade da permanência das operações em Caracas, que neste momento está mantido, porém a frequência foi reduzida a um voo semanal”, disse Kakinoff.
Voando com jatos médios, Boeing 737-800, sem sistema de entretenimento ou classe executiva, a companhia nunca conseguiu fazer frente à concorrência. Gigantes como American Airlines, Delta e United oferecem tarifas muito baratas em aviões mais confortáveis nas rotas para a Flórida, que ainda contam com TAM, LAN, Avianca e Copa.
O cancelamento dos voos era dado como certo nos bastidores do setor, mas a companhia vinha negando a informação até agora. Vale lembrar que a GOL tem uma forte parceria com a Delta, que é dona de parte das ações da companhia brasileira.
Outros voos
A boa notícia do dia é que a companhia pretende lançar novos voos diretos para Buenos Aires a partir de cidades do Nordeste, a exemplo das rotas saindo de Natal e Fortaleza.A GOL também confirmou seu novo voo a Cuba, previsto para ter início no mês que vem e afirmou que planeja voar para novos destinos na América Latina.
Com relação a voos domésticos, a companhia pretende reduzir a oferta de 5% a 7% suas operações, por meio da readequação da rede com redução de frequências e alteração de destinos. A GOL também anunciou ainda que alterou a previsão do recebimento de novos aviões nos próximos dois anos, de 15 para apenas 4. Por enquanto não haverá demissões, mas os funcionários que se desligarem da companhia não serão repostos como forma de diminuir custos.