O pré-candidato republicano à Casa Branca Jeb Bush se comprometeu em entrevista à rede latina Telemundo que irá promover uma reforma imigratória para regularizar 11 milhões de imigrantes ilegais nos Estados Unidos, caso seja eleito em 2016.
“Assumo este compromisso e sei que podemos realizá-lo”, disse Bush durante entrevista.
Segundo Bush, a reforma migratória “que resolverá o problema para os 11 milhões de imigrantes sem documentos só será possível com um novo presidente”, também “comprometido com a proteção da fronteira”. “Primeiro, chegar aqui legalmente tem que ser mais fácil que chegar ilegalmente”, o que exige um “compromisso com a fronteira”, destacou Jeb Bush.
“Os 11 milhões poderão sair das sombras, receber uma permissão de trabalho, pagar impostos e uma multa, aprender inglês. Não receberão benefícios do governo federal, mas sairão das sombras e receberão um status legal após uma temporada”.
A bandeira da imigração é uma poderosa arma de campanha que sempre vem à tona, mas nem sempre é cumprida. O presidente democrata, Barack Obama, por exemplo, prometeu em 2008 uma ambiciosa reforma migratória que incluía a legalização de milhões de imigrantes, mas o projeto não avançou no Congresso, controlado por seus adversários republicanos.
Bush, que foi governador do estado da Flórida, é considerado um dos pré-candidatos mais abertos sobre o tema migratório: em 2014, declarou que a imigração ilegal era, em certas ocasiões, um “ato de amor” de quem desejava rever sua família.
Jeb Bush, casado com a mexicana Columba, lembrou que “falamos espanhol em casa, comemos comida mexicana em casa, nossos filhos são hispânicos em muitos aspectos”. “A influência hispânica em minha família é muito importante na minha vida”.