Vice-presidente boliviano afirma que país vive ´democracia madura e expansiva´
Estado de S. Paulo
O governo boliviano rechaçou com dureza na quinta-feira um relatório da inteligência norte-americana que denunciou supostos riscos para a democracia na Bolívia e na Venezuela e qualificou como “pouco informado” e “pouco inteligente” o autor do documento.
Em sucessivas declarações, o presidente Evo Morales e o vice Alvaro García disseram que o relatório de Thomas Finger, diretor-assistente de análise da Direção Nacional de Inteligência dos Estados Unidos, é produto de um desconhecimento da realidade latino-americana.
O analista, em um documento apresentado no Congresso dos EUA e reproduzido parcialmente na quinta-feira pela imprensa local, disse que Morales e seu parceiro Hugo Chávez “estão tirando vantagem de sua popularidade para sufocar a oposição e eliminar qualquer controle sobre sua autoridade”.
“Que bom teria sido se a inteligência do governo dos EUA pudesse dizer a verdade sobre as democracias na América Latina”, sustentou Morales.
O vice-presidente García, em uma declaração separada a repórteres, disse que, ao contrário do assinalado pelo analista, o atual processo político da Bolívia poderia ser definido como “democracia madura e expansiva”.