Não demorou muito tempo para o Sul da Flórida registrar sua primeira morte por disparo de arma de fogo de 2006.
Um adolescente de 17 anos foi atingido na cabeça com um disparo logo após a meia-noite do dia 1º de janeiro por recusar-se a deixar uma festa de réveillon, comentou a polícia de Fort Lauderdale.
O suspeito disse à polícia que o disparo foi acidental e surgiu durante uma discussão, mas a polícia admitiu que o homem agiu irresponsavelmente. Rogelio Garcia Moreno, 49 anos, de Fort Lauderdale, foi indiciado por homicídio culposo, revelou a poiícia. A vítima foi Victor Manuel Villanueva, 17 anos, de North Lauderdale, natural de El Salvador.
O incidente ocorreu numa festa de réveillon que parentes de Moreno estavam promovendo na 3100 block of Southwest 13th Street, revelou a detetive Kathy Collins, porta-voz da polícia. Villanueva envolveu-se numa briga com outro homem que estava na festa. Moreno ajudou a separar a briga e pediu a Villanueva e a um amigo que fossem embora, comentou a polícia. Mas eles se recusaram a sair.
Moreno puxou, então, uma pistola 9 mm que estava em sua cintura e apontou para Villanueva e para seu amigo Ramos. À medida que a discussão aumentou, Moreno usou a arma para atingir o amigo de Villanueva no ombro. A bala acabou atingindo Villanueva na cabeça, comentou a polícia.
Alex Melgar, 20 anos, sobrinho de Moreno, estava na festa e disse que seu tio “estava defendendo sua família” quando o disparo acertou Villanueva. “Foi um acidente”, disse Melgar. “Ele tem três filhos. Ele não estava tentando acertar o garoto.” Melgar disse que Villanueva era o novo namorado da ex-namorada de seu irmão. A mulher e o irmão de Melgar tiveram um filho juntos. Villanueva e a garota foram à festa, uma reunião de familiares e amigos de Moreno, e queriam levar o bebê, diisse Melgar.
Pediram a Villanueva para ir embora, o que ele fez inicialmente. Mas retornou pelo menos quatro a cinco vezes para começar discussões, contou Melgar. Cansado de lidar com o problema, Moreno puxou sua arma. A polícia confirmou que Moreno tem permissão legal para usar um revólver.
Melgar disse que seu tio, que trabalhou como operário da construção durante 32 anos e tinha sido promovido a mestre de obras recentemente, foi fichado na polícia. “A família está assustada. Não queremos que ele vá preso”, suplicou Melgar.
Depois do disparo, Moreno ligou para polícia para relatar o incidente, dizendo ter sido um disparo acidental. As ações de Moreno foram “irresponsáveis” e muito além de apartar uma briga. “Nossa orientação é: ‘Se há uma briga, chame a polícia’. Em vez disto, ele escolheu brandir um arma de fogo”, criticou Kathy Collins.