O ex-congressista brasileiro-americano George Santos foi condenado na sexta (25) a 7 anos e 3 meses de prisão federal por uma série de fraudes financeiras e mentiras que o levaram da obscuridade à fama — e agora, direto para a cadeia.
Santos já havia admitido culpa em crimes como fraude bancária, roubo de identidade e uso indevido de benefícios de desemprego. Também reconheceu que enganou doadores de campanha e mentiu em documentos do Congresso. A juíza responsável pelo caso, Joanna Seybert, foi direta ao ponto: “Suas palavras te elegeram. A maioria delas eram mentiras”, disse ela ao ex-deputado de 36 anos, que agora tem até 25 de julho para se entregar e começar a cumprir a pena.
Apesar de eleito como o primeiro republicano abertamente gay e filho de brasileiros no Congresso, sua trajetória foi construída sobre uma base de histórias falsas — como supostos vínculos com o Holocausto, os ataques de 11 de Setembro e passagens por grandes bancos de Wall Street. A queda veio antes mesmo da condenação criminal: ele foi expulso da Câmara em 2023 após um relatório de ética mostrar gastos de campanha com Botox, roupas de grife e até assinaturas no OnlyFans.
Mesmo depois da expulsão, Santos tentou lucrar com a fama: gravou vídeos personalizados, lançou um podcast chamado Pants on Fire e manteve uma postura desafiadora nas redes sociais. Ele disse ao The New York Times que não vai pedir perdão presidencial e quer “assumir responsabilidade”.
