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Depois de estudar no Bolshoi, brasileiro conquista o Dance Theatre of Harlem, em Nova York

A paixão de Luís Rego pela dança começou quando acompanhava sua irmã às aulas de balé no projeto ViDançar

Criado na favela do Rio de Janeiro, o bailarino conquistou palcos da Europa e Estados Unidos com sua garra e talento (Redes Sociais)
Criado na favela do Rio de Janeiro, o bailarino conquistou palcos da Europa e Estados Unidos com sua garra e talento (Redes Sociais)

Criado na favela do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, Luís Rego se tornou bailarino do Bolshoi e teve sua vida transformada pela dança. Hoje, com 24 anos, ele brilha nos palcos internacionais, sendo membro do prestigiado Dance Theatre of Harlem, em Nova York, onde também atua como coreógrafo.

“Sim, é possível ser um bailarino clássico, mesmo sendo negro e tendo nascido na favela. Até as coisas ruins fizeram com que eu me tornasse a pessoa que eu sou hoje”, afirma.

Sua paixão pela dança começou quando ele acompanhava sua irmã às aulas de balé. Aos 14 anos, quando ela desistiu, ele começou seus estudos no projeto ViDançar. Com talento e determinação, conquistou uma vaga na Escola de Teatro Bolshoi, em Santa Catarina, uma das mais prestigiadas do mundo. Por meio de um programa social da instituição, foi acolhido por Aline Coelho e Vagner Barbosa. Ele lembra que, com a mudança para Joinville (SC), aprendeu muito mais do que a dança.

“Assim que cheguei naquele lugar, foram transformações do início ao fim. É o caminho perfeito para qualquer pessoa que deseja ser um melhor profissional e ter uma carreira parecida com a minha. É uma estrutura incrível, eles têm a melhor técnica. Era uma atmosfera muito boa, sinto saudade disso”, disse o bailarino em entrevista ao Extra.

Rego se formou em 2018 e seguiu para a carreira internacional, morando na Dinamarca antes de vir para os Estados Unidos. Depois de enfrentar várias dificuldades, como a falta de recursos financeiros, o preconceito e a solidão, o brasileiro defende a importância de não se deixar abater.

“Não deixe que as pessoas tirem de você a sua essência. Porque vão tentar fazer isso. Vão tentar sugar a sua energia, fazer com que você se encaixe numa caixa que criaram para você”, aconselha.

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