Imigração

ICE amplia esforço para deportar crianças imigrantes desacompanhadas

O plano também inclui o uso de impressões digitais e testes de DNA para verificar a relação entre as crianças e seus patrocinadores.

Crianças e adultos apreendidos tentando atravessar a fronteira (Foto: Mani Albrecht/U.S. Customs and Border Protection)
Crianças e adultos apreendidos tentando atravessar a fronteira (Foto: Mani Albrecht/U.S. Customs and Border Protection)

A administração Trump iniciou um esforço para deportar crianças migrantes desacompanhadas, segundo um memorando interno do ICE (Immigration and Customs Enforcement). A medida faz parte da ampliação de políticas de imigração e estabelece um plano em quatro fases para identificar e processar menores que entraram nos EUA sem seus responsáveis. Desde 2019, mais de 600 mil crianças cruzaram a fronteira sem um responsável legal, muitas vezes enviadas por suas famílias em busca de segurança ou melhores condições de vida, ou ainda acompanhadas por parentes ou traficantes.

Essas crianças, de acordo com o ICE, foram agrupadas em três categorias de risco: “risco de fuga”, “segurança pública” e “segurança de fronteira”, sendo que as autoridades priorizarão aquelas com maior chance de não comparecer a audiências imigratórias ou que foram liberadas para patrocinadores não familiares. A medida também inclui o uso de impressões digitais e testes de DNA para verificar a relação entre as crianças e seus patrocinadores, como forma de combater o tráfico humano e também garantir a segurança dos menores.

A migração de crianças desacompanhadas aumentou nos últimos anos, impulsionada pela violência, pobreza extrema e a busca por uma vida melhor em países da América Central. Em alguns casos, os pais já estão nos EUA ou não conseguem acompanhar os filhos devido à situação política e econômica de seus países. Em outros, as crianças viajam com familiares ou traficantes, o que eleva os riscos de exploração.

A iniciativa tem sido justificada como uma forma de proteção, mas críticos argumentam que a política pode resultar na separação de famílias ou aumentar o número de detenções de crianças vulneráveis.

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