Estados Unidos

Casa Branca volta atrás e desiste de congelar verbas federais de ajuda humanitária e outros fins

Após causar grande confusão em agências do governo e na população, memorando curto informa que medida havia sido rescindida horas após a implementação

Medicamentos são levados para a África pelo governo americano (Foto Carol Han OFDA:USAID no Flickr)

A Casa Branca anunciou nesta terça-feira (29) que não vai mais congelar recursos federais para agências governamentais que oferecem ajuda humanitária e financiam projetos sociais, de saúde e ambientais nos EUA e ao redor do mundo. Em curta mensagem, o novo governo informou que rescindiu a medida. “O Memorando M-25-13 está rescindido. Se você tiver alguma dúvida sobre a implementação das ordens executivas do presidente, entre em contato com conselheiro-geral”, diz o comunicado.

A medida suspendia empréstimos federais, subsídios e outras assistências financeiras e causou uma grande confusão em diversas esferas. A revogação ocorre um dia depois de após ter sido bloqueada na terça-feira (28) por um juiz federal.

A USAID, por exemplo, desenvolve ações sociais e humanitárias em todo o mundo, inclusive no Brasil. Diversos programas na África de combate à pobreza, criação de empregos, melhorias da saúde da população são financiados pelo governo americano. A agência enviou um e-mail a todos os seus colaboradores solicitando que paralisem as atividades até segunda ordem.

Na segunda-feira (27), o Departamento de Orçamento do governo havia anunciado que congelaria quaisquer financiamentos de assistência, o que gerou pânico entre agências, prefeituras e ONGs que dependem de recursos federais.

O presidente Donald Trump disse que a decisão agora anulada tinha o objetivo de dar tempo ao governo para identificar gastos passíveis de cortes pelo governo.

“Como foi explicitamente declarado, isso de forma alguma afetou a Seguridade Social, o Medicare, o Medicaid ou outros benefícios dos quais os americanos dependem”, disse Trump em uma coletiva de imprensa. A ideia, segundo o presidente, é avaliar como o dinheiro está sendo gasto e em que tipo de projetos. O problema, no entanto, é que grande parte dos recursos já havia sido alocada e aprovada pelo Congresso.

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