O aumento de produtos trancados a cadeado tem sido particularmente notado em grandes redes de varejo como Walmart, Target, Walgreens e CVS, principalmente em áreas urbanas e bairros com índices mais altos de criminalidade. Essas lojas bloqueiam itens como cosméticos, produtos de higiene pessoal, medicamentos e até alimentos como carnes e queijos.
Embora a medida seja necessária para prevenir furtos, ela tem gerado um impacto direto na experiência de compra dos consumidores. Quando um produto está trancado e o cliente precisa esperar que alguém o libere, a situação pode ser frustrante, e em um cenário onde a conveniência e a rapidez são prioridades, a necessidade de aguardar um atendente é vista como um obstáculo para quem busca uma compra ágil e sem interrupções. Muitos consumidores, ao se depararem com a demora, acabam desistindo. A alternativa? Fazer sua compra online.
E qual o impacto disso nas vendas físicas? Ele é real, com redes como a Walgreens reconhecendo que essas medidas prejudicam suas vendas. A CVS, por exemplo, anunciou o fechamento de 900 lojas como parte de um plano para se adaptar às mudanças nos padrões de consumo e melhorar seus serviços de saúde. E a concorrência crescente de varejistas online, como Amazon e Walmart, que oferecem entrega rápida e conveniência, tem pressionado e desafiado as estratégias de negócios das farmácias físicas, forçando-as a reavaliar seus modelos operacionais e investir em soluções digitais para atender às expectativas dos consumidores.
Por outro lado, os varejistas se veem forçados a adotar essas medidas devido ao aumento de furtos e vandalismo, especialmente em áreas de maior risco. Embora as vendas possam cair, o custo das perdas por roubo acaba sendo mais prejudicial para os negócios.