Uma pesquisa publicada em janeiro de 2025 aponta que as taxas de vacinação infantil nos Estados Unidos caíram, especialmente contra doenças como sarampo, caxumba e coqueluche. Segundo o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), a vacinação contra o sarampo caiu de 95% para menos de 93% após a pandemia. Embora as taxas nacionais ainda sejam altas, algumas áreas registraram quedas mais acentuadas, gerando preocupações sobre a proteção contra surtos dessas doenças.
A pandemia de COVID-19 afetou a rotina de vacinação, com um aumento nas isenções por razões médicas, filosóficas ou religiosas. Além disso, a desinformação sobre vacinas, exacerbada por figuras públicas, contribuiu para o aumento dessas isenções em algumas regiões. De acordo com o CDC, estados com maior apoio a políticas conservadoras registraram mais isenções, enquanto estados com políticas públicas mais abrangentes mantiveram ou aumentaram as taxas de vacinação.
A queda nas taxas de vacinação é especialmente preocupante em áreas com cobertura abaixo de 90%, onde o risco de surtos de sarampo cresce. Em Minneapolis, por exemplo, a vacinação contra sarampo caiu de 90% para 75%. Contudo, em locais como St. Paul, as taxas aumentaram após campanhas de conscientização e monitoramento mais rigoroso.
A vacinação também se tornou um tema polarizado nos Estados Unidos, com diferenças políticas refletidas nas taxas de adesão às vacinas, conforme indicam pesquisas recentes. Essa divisão pode dificultar a implementação de políticas públicas para aumentar a cobertura vacinal, essencial para evitar surtos de doenças contagiosas. Dados mostram que, apesar do aumento geral da vacinação, algumas áreas ainda enfrentam riscos elevados se as taxas continuarem a cair.
