Estados Unidos Imigração

Instituições avaliam como proceder se os agentes de imigração chegarem às escolas

Declarações do presidente eleito Donald Trump de que as prisões poderão ocorrer em qualquer lugar têm gerado insegurança em estudantes e familiares

Resolução do Conselho de educação das escolas públicas de Chicago reforça que escolas não ajudariam o ICE a aplicar a lei de imigração, e que os agentes não seriam autorizados a entrar nas escolas sem um mandado criminal (foto: wikimedia)
Resolução do Conselho de educação das escolas públicas de Chicago reforça que escolas não ajudariam o ICE a aplicar a lei de imigração, e que os agentes não seriam autorizados a entrar nas escolas sem um mandado criminal (foto: wikimedia)

Os sistemas de ensino de várias cidades defendem os direitos dos imigrantes de frequentarem a escola, independentemente de sua situação estar legalizada ou não, e muitos afirmam que não ajudariam os agentes do Departamento de Imigração e Alfândega (ICE). O Instituto de Política Migratória estima que 733 mil crianças em idade escolar estão no país sem documentação adequada.

No mês passado os diretores de escolas de Nova York receberam do distrito informações sobre as políticas em vigor, incluindo uma que proíbe a coleta de informações sobre o status de imigração dos estudantes.

Uma resolução aprovada pelo Conselho de educação das escolas públicas de Chicago afirmou que as escolas não ajudariam o ICE a aplicar a lei de imigração, e que os agentes não seriam autorizados a entrar nas escolas sem um mandado criminal.

Os agentes do ICE sempre seguiram orientações que desencorajam a prisão de pais ou estudantes em escolas e outros locais sensíveis que fornecem acesso a serviços como cuidados médicos, alimentos e abrigo. No entanto, as declarações do presidente eleito Donald Trump de que as operações de fiscalização poderão ocorrer em qualquer lugar têm gerado dúvidas sobre a permanência dessas regras. Embora a política da área protegida ainda esteja em vigor, ela pode ser modificada, substituída ou retirada a qualquer momento.

Por isso, a Califórnia orienta que as instituições de ensino tenham procedimentos já definidos. Um guia descreve as proteções estaduais e federais e os procedimentos para responder às solicitações das forças de segurança, que variam desde documentos até entrevistas com os estudantes.

Os educadores têm buscado tranquilizar as famílias, que temem uma possível deportação, de que seus filhos são bem-vindos e que estão seguros nas escolas. Eles alertam que a situação impacta significativamente a frequência escolar e a  capacidade de aprendizado.

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