O dólar atingiu a maior alta da série história e chegou a R$ 6,207 no início da tarde de terça, 17. Durante a tarde, a moeda baixou e encerrou o dia a R$ 6,0982. Para forçar a queda o Banco Central (BC) precisou realizar dois leilões à vista, que resultou na venda mais de 3,2 bilhões de dólares sem compromisso de recompra nas duas operações. No início da tarde desta quarta, 18, o dólar está sendo comercializado a R$ 6,19.
A desvalorização do Real é a maior dos últimos cinco anos e chega a 21,5%, próximo aos patamares da época da pandemia. Os dados são do índice Ptax, que é referência para contratos denominados em real nas bolsas de mercadorias no exterior.
De acordo com os analistas, a alta da moeda americana foi uma resposta à divulgação da ata da reunião de política monetária, feita pelo BC na terça, 17, antes da abertura do mercado. O documento traz a decisão de acelerar o ritmo de aperto dos juros ao elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, a 12,25% ao ano, com sinalizações de outros dois aumentos na mesma proporção para 2025.
O cenário fiscal é o foco de atenção dos investidores, em meio à expectativa de que o governo pode não conseguir aprovar as medidas de contenção de gastos até sexta, 20, antes do recesso do Congresso.